O PT não sabe ser oposição em Teresina? Talvez não
O Silvionismo está em alta em Brasília.
Desde os tempos de glória do saudoso PSDB em Teresina, o Partido dos Trabalhadores não sabe o que é ser também o “Partido dos Opositores”. Não soube ou não aprendeu as lições antigas e, principalmente, as recentes que a política ensina.
Há pouco mais de um mês da vitória de Silvio Mendes na eleição da capital, ainda não se viu uma única movimentação política que sinalize o início de uma oposição organizada ao novo governo que se aproxima. Silvio, perspicaz e hábil nas suas ações, desceu do palanque direto para os braços do povo, ou melhor, dos políticos. Fez reuniões, montou gabinete de transição, converteu os primeiros vereadores, achou a primeira suspeita de desvio na atual gestão municipal, estabeleceu novas bases parlamentares e viajou, não na maionese, mas a Brasília, centro do poder nacional.
Por lá, busca novos apoios e articulou sua representação ao nomear, extraoficialmente, o vereador Victor Linhares (Progressistas) para o cargo de secretário de Representação e Articulação, com a função de representá-lo junto ao Governo Federal.
Tudo isso em consonância com o discurso de sua campanha, em que pregava o diálogo, relembrando os tempos de PSDB, quando foi prefeito e Lula também era o presidente em exercício, e sempre teve acesso direto ao “companheiro” e a todo o seu staff de governo.
Agora, Silvio parece repetir o passado e, em tão pouco tempo, encontra-se com Lula, fazendo questão de registrar o momento nas redes sociais. Mais do que uma foto para o Instagram, trata-se de um recado direto ao Palácio de Karnak e seus aliados, mostrando que o “Silvionismo” está em alta em Brasília.
E o PT de Teresina, o que fez desde o encerramento da contagem de votos no dia 6 de outubro? Nada que Silvio e toda a Banca do Sapateiro não saiba: nada de oposição.
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