Familiar de João Paulo também teria participado na execução de adolescentes
De acordo com o depoimento do acusado, ele teria recebido o telefonema do tio, e ao chegar no local já encontrou os menores imobilizados.
O Delegado Geral da Polícia Civil, Luccy Keiko, informou nesta quarta-feira (26) mais detalhes sobre o caso do dono do restaurante Frango Potiguar, João Paulo de Carvalho Gonçalves Rodrigues, 35 anos, que confessou ter assassinado dois adolescentes em novembro de 2021. Luccy Keiko chegou a classificar o crime como bárbaro.
“Eu conheço a família de uma das vítimas, do Luian. Nós tomamos conhecimento desse crime bárbaro ainda quando os meninos estavam desaparecidos”, afirmou
Luccy Keiko informou ainda que o tio do acusado também confessou ter participação no crime, prestando depoimento voluntariamente no DHPP.
“O tio dele compareceu juntamente com o filho dele e lá foram ouvidos individualmente e confirmaram toda a história do João Paulo. Foi ouvido o João Paulo, ouvido o tio dele, o filho do tio, tudo por gravação de áudio e vídeo. Na narrativa do empresário, ele acha que por supostamente não ter ido ao local da execução, não teria cometido crime, que apenas o tio dele teria cometido, mas não é assim. Ele alega que teriam tentado chamar a polícia, mas não conseguiu, só que nada justifica a barbaridade desse crime [...] foi algo muito frio, revoltante [...] Quando eu digo que o crime está praticamente esclarecido é porque todos os envolvidos que tiveram contato com as vítimas na residência já estão identificados”, informou.
Segundo o delegado, João Paulo inicialmente negou qualquer participação no crime, porém, ao ter conhecimento que a prisão seria apenas temporária, confessou ter responsabilidade no crime.
“Ele inicialmente durante as entrevistas com o delegado negou qualquer envolvimento no caso, depois que o delegado explicou que a prisão dele era temporária que tinha um objetivo de esclarecer os fatos ele passou a contar o que de fato teria acontecido.”
De acordo com o depoimento do acusado, ele teria recebido o telefonema do tio, que mora próximo a casa de shows que os jovens estavam, e ao chegar no local já encontrou os menores imobilizados.
“O tio dele pediu o carro, que já estava estacionado na frente, e disse que ia ‘resolver o assunto’, o João Paulo viu os menores e entregou o carro. Ele saiu com esses menores amarrados dentro do veículo e teria os executado”, afirmou Luccy Keiko.
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