CASO POTIGUAR: João Paulo, tio e primo estão presos na Irmão Guido
Francisco e Guilherme, por possuírem prerrogativas de advogado, foram transferidos para uma Sala de Estado Maior.
Os réus confessos Francisco das Chagas Sousa, Guilherme de Carvalho Goncalves Sousa e João Paulo de Carvalho Gonçalves Rodrigues, acusados de serem os responsáveis pelo homicídio dos jovens Anael Natan Colins Souza da Silva, 17 anos, e Luian Ribeiro de Oliveira, 16 anos, estão presos na penitenciária Irmão Guido, zona Sul de Teresina. Francisco e Guilherme, por possuírem prerrogativas de advogado, foram transferidos para uma Sala de Estado Maior.
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A decisão foi tomada pela Sexta Turma do Tribunal Superior de Justiça. João Paulo, no entanto, por não possuir curso superior, está encarcerado em uma outra cela da mesma penitenciária enquanto aguarda instruções processuais.
Morgana Moura/Lupa1
Estopim
Em depoimento, Guilherme de Carvalho afirmou que a invasão dos adolescentes à propriedade teria sido “o estopim” de uma situação que já era frequente e irritava a família. A informação foi repassada pelo delegado responsável pelo caso, Luís Guilherme.
“Ali [a invasão] foi o estopim de uma situação que acontecia corriqueiramente na casa, porque ao lado funcionava uma boate clandestina e eles não conseguiam dormir de quinta a domingo. Fizeram vários BO na delegacia do silêncio, de crimes ambientais e, inclusive, acionaram o Ministério Público e nunca conseguiram fechar a boate. Segundo ele, a invasão de dois jovens em uma madrugada de estresse grande em razão do barulho causou uma raiva, revolta grande no pai e no filho”, afirmou o delegado.
Entenda
Anael Natan Colins Souza da Silva e Luian Ribeiro de Oliveira foram dados como desaparecidos no dia 13 de novembro de 2021 após saírem de casa para uma festa em um sítio na Ladeira do Uruguai e, dois dias após o ocorrido, os corpos dos jovens foram encontrados em estado de putrefação na zona rural Leste de Teresina, próximo à PI-112, no povoado Anajás.
A família dos jovens compareceu ao local e fez o reconhecimento dos corpos, que foram encontrados com sinais de espancamento, e um deles, com perfuração de tiro na cabeça.
Três meses após o crime, o dono do restaurante Frango Potiguar, João Paulo de Carvalho Gonçalves Rodrigues, juntamente com seu tio e primo, Francisco das Chagas Sousa e Guilherme de Carvalho Goncalves Sousa, confessaram serem os responsáveis pelo assassinato dos jovens, que foram torturados e espancados.
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