CASO POTIGUAR: João Paulo e mais dois familiares são presos por assassinato de adolescentes
Segundo o delegado Barêtta, as investigações apontam que a motivação do crime foi “uma verdadeira futilidade”.
Nesta terça-feira (08), Guilherme de Carvalho Gonçalves Sousa, Francisco das Chagas Sousa e João Paulo de Carvalho Gonçalves Rodrigues foram presos por equipes do Departamento de Homicídios e de Proteção à Pessoa (DHPP), acusados de matar os adolescentes Luian Ribeiro de Oliveira, de 16 anos, e Anael Natan Colins Souza da Silva, 17 anos.
Segundo o DHPP, o tio e primo de João Paulo foram presos dentro de sua residência na zona Leste de Teresina, por volta das 6h. Enquanto que João Paulo foi preso no escritório de seu advogado, Lúcio Tadeu, por volta das 9h10 desta manhã.
O delegado Barêtta afirmou que os jovens foram muito torturados e espancados ainda na residência de Francisco e que, segundo a perícia do IML, uma das vítimas teve o braço quebrado antes de morrer. Segundo o delegado, as investigações apontam que a motivação do crime foi “uma verdadeira futilidade”.
Confira o momento em que João Paulo chega ao DHPP:
Em entrevista, o advogado da família, Lúcio Tadeu, afirmou que apenas os primos, Guilherme de Carvalho e João Paulo de Carvalho, estão envolvidos no crime e que Francisco das Chagas teria confessado apenas para “proteger” seu filho e sobrinho. Porém, a versão diverge da versão fornecida pelo delegado responsável pela investigação, que afirma que todos os três têm envolvimento no crime.
"Quem participou disso foi só o João Paulo e o Guilherme. Ninguém mais. Doutor Francisco não teve participação nenhuma. Se ele assumiu no primeiro momento é porque ele estava doente, doença grave. Então ele ficou com medo, de uma certa forma, e queria proteger o filho e o afilhado. Mas não tem participação do doutor Francisco, não tem participação do Amauri, não tem nada. Tudo se dá entre Guilherme e João Paulo", afirmou.
Segundo Barêtta, Francisco da Chagas, João Paulo e Guilherme de Carvalho irão responder judicialmente por quatro crimes: duplo homicídio, cárcere privado, ocultação de cadáver e fraude processual. Os mandados de prisão foram decretados pelo promotor de Justiça Regis Marinho e acatado pelo juiz Valdemir Ferreira dos Santos, da Central de Inquéritos de Teresina.
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