Recenseador do IBGE usa drone para facilitar coleta de dados em Canto do Buriti
O jovem Carlos Daniel usa da ferramenta para ajudar na coleta em estradas de difícil acesso.
O recenseador do IBGE, Carlos Daniel Rodrigues da Costa Leal, trabalha na coleta do Censo Demográfico 2022 no município de Canto do Buriti e notabilizou-se na sua atividade pela utilização de um “drone”, que nada mais é que uma pequena aeronave que, sob o comando de uma pessoa, captura imagens aéreas de uma determinada área.
Carlos está trabalhando em seu 5º setor censitário, já tendo trabalhado em um setor urbano e três rurais, e esclarece o porquê de utilizar o drone em sua atividade de campo: “Percebi que com uma imagem aérea atualizada ficaria bem mais fácil de me planejar, identificar endereços que são mais isolados e não aparecem no mapa, uma forma de facilitar o trabalho e torná-lo mais preciso e mais ágil”, reforçou.
O recenseador também chama a atenção para algumas dificuldades que encontra na coleta do Censo: “Há muitas estradas de difícil acesso, que torna quase impossível de chegar em uma determinada casa e, quando chega, não existe mais a casa (está em ruínas). Assim, as imagens servem como um norte, possibilitando chegar em endereços difíceis com mais segurança sem cair em enrascadas. Por mais que se tenha imagens do satélite, não são atuais e muitas estradas nem existem mais”, explica Daniel.
O coordenador técnico do Censo Demográfico no Piauí, Pedro Andrade, em viagem de acompanhamento dos trabalhos censitários no município de Canto do Buriti, conheceu de perto o trabalho do recenseador Carlos Daniel em suas atividades de coleta na zona rural, e atestou a eficiente utilização do drone “para mapear com imagens aéreas o percurso que o recenseador ainda iria realizar, se antecipando aos obstáculos e se certificando das unidades a serem trabalhadas”. Pedro Andrade ressaltou ainda, que “o equipamento além de auxiliar e complementar nas orientações de campo, ainda nos proporciona belas imagens naturais”.
Carlos tem 20 anos de idade e retornou recentemente a sua cidade natal, Canto do Buriti, vindo de Barueri/SP, e explica que dois motivos principais o levaram a adquirir o drone: foi o de gostar de aeromodelismo e o de ser uma forma alternativa de trabalho. Ele informa que já realizou alguns trabalhos com o aparelho, tais como mapeamento aéreo, modelagem 3D e gravação de eventos na cidade. “É uma forma de ter uma renda até que consiga um trabalho fixo, inclusive tenho meu registro na ANAC e solicitações de vôos no SARPAS – DECEA”, completa Carlos.
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