Meta é tirar o Brasil do mapa da fome até o final de 2026, diz Wellington Dias
Governo anunciou uma série de medidas para garantir alimentação mais saudável, com foco na agricultura familiar e nos pequenos produtores.
Uma das prioridades descartadas pelo presidente Lula, desde seu primeiro mandato em 2003, é o combate à fome. Segundo o ministro do Desenvolvimento Social, Wellington Dias, a meta é que o Brasil saia do mapa da fome até o final do governo Lula, em 2026.
“Encontramos o país com 33 milhões e 100 mil pessoas na insegurança alimentar e tiramos, no ano passado, 24,4 milhões de pessoas (do mapa da fome). No critério da FAO, nós reduzimos para 2,8% (nível de subalimentação) no ano de 2023 e, este ano, queremos atingir abaixo de 2,2%, para que a gente possa alcançar essa meta de retirar o Brasil da fome ainda neste mandato”, disse o ministro.
Durante uma cerimônia nesta quarta-feira (16), Lula anunciou uma série de medidas em prol de uma alimentação saudável, além da redução da insegurança alimentar e nutricional, especialmente a grave, em todo país. Entre os principais lançamentos estão o Plano Nacional de Abastecimento Alimentar “Alimento no Prato” (Planaab) e o Plano Nacional de Agroecologia e Produção Orgânica (Planapo), para garantir comida na mesa de todos os brasileiros, além de um sistema de produção de alimentos saudáveis que seja sustentável, que valorize os pequenos produtores, cooperativas e associações.
“Nós sabemos a quantidade de alimento que se perde entre a produção e o consumo. A quantidade de alimento que sobra nos restaurantes por esse país afora, nas empresas. E, ainda assim, a gente fica estarrecido com o número de 733 milhões de seres humanos que vão dormir toda noite sem ter o que comer. É uma coisa inexplicável”, disse o presidente.
De acordo com o ministro do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar (MDA), Paulo Teixeira, Planapo vai ampliar a produção e o processamento de alimentos orgânicos, sendo 197 iniciativas distribuídas em sete eixos, com investimento de R$ 6 bilhões em linha do Pronaf para produção orgânica e ou agroecológica, além de R$ 115 milhões em fomento, visando a inclusão produtiva.
No evento, o presidente Lula disse que uma das principais causas da para ainda existir fome é a “irresponsabilidade” dos governantes dos países.
“A gente pode dizer que existe seca, que existe excesso de chuva. A gente pode dizer tudo o que nós quisermos, mas a verdade é que a única explicação para a existência da fome é uma coisa chamada irresponsabilidade de quem governa os países, de quem governa os estados. Acabar com a fome no Brasil e acabar com a fome no mundo não deve ser motivo de orgulho: é obrigação moral, ética, política e até humanista. É isso que nós estamos fazendo”, finalizou o presidente.