Ana Girlene e Lilian: vítimas de fake news e a solidariedade de toda população
Duas mulheres honradas e competentes, alvos de uma pessoa "desequilibrada", em um país onde as leis ainda são brandas para esse tipo de crime.
Por Jefferson Fassi
Diretor-executivo da TV Lupa1 no Amapá
Ao longo desta semana que se encerra, a sociedade amapaense vivenciou, mais uma vez, os efeitos que uma fake news pode ou poderia causar na vida de uma pessoa, caso não fosse combatida prontamente.
As redes sociais foram invadidas por inverdades que tinham como foco principal atingir a Secretária de Comunicação do Estado do Amapá, jornalista Ana Girlene.
Secretária de Comunicação do Estado do Amapá, jornalista Ana Girlene - Foto: Reprodução/ Instagram
Tendo uma história de sucessivas superações no âmbito pessoal e profissional, Ana Girlene, por competência, ascendeu ao cargo de Secretária de Estado, o que a tornou alvo de oposicionistas ao governo Clécio Luís, que sem qualquer escrúpulo profissional, sem efetuar a checagem de informações, requisitos essenciais ao bom jornalismo, espalharam áudios descontextualizados, induzindo a população a conclusões equivocadas.
A fórmula criminosa encontrada pelos agressores foi a tentativa de usar questões de foro íntimo da atual diretora da Rádio Difusora de Macapá, a também jornalista Lilian Monteiro, que possui proximidade pessoal e profissional com a atual gestora da Comunicação do Estado, acusando-a de má utilização de recursos pertencentes a emissora de rádio do estado.
O enredo criminoso traz a assinatura de Josimar Flexa, já conhecido do povo amapaense, sabidamente com sérios problemas mentais, ex-companheiro de Lilian Monteiro, que em áudios sem qualquer sentido, acusa as duas jornalistas de crimes praticados contra o erário, sem apresentar qualquer evidência ou prova das acusações. Ilações, transformadas em fake news, resultado de sua condição de transtorno psicológico.
Oposicionistas ao atual governador Clécio não perderam tempo e trataram de reproduzir o material maldoso, com o claro objetivo de manchar a imagem das duas profissionais.
A jornalista Lilian Monteiro rompeu a relação pessoal com Josimar Flexa após sofrer reiteradas agressões do mesmo. Os fatos foram parar na Delegacia Especializada de Crimes Contra as Mulheres, culminando com decisão judicial que determinou que Josimar Flexa se afastasse do lar, não mantivesse contato pessoal ou por qualquer outro meio e ainda que não se aproximasse da vítima, Lilian Monteiro, num raio de 300 metros de distância, sob pena de ter sua prisão preventiva decretada.
Todo esse despreparado enredo, e a série de fake news espalhadas em grupos de WhatsApp, que constrangeu significativamente as duas profissionais, jornalistas Ana Girlene e Lilian Monteiro, teve apenas um objetivo: criar uma cortina de fumaça e desviar o foco de um verdadeiro escândalo financeiro que acontece em uma outra Secretaria de Comunicação, neste caso a do município de Macapá, onde surge o nome de Juarez Menescal, recentemente nomeado pelo Prefeito Dr. Furlan, adversário político do governador Clecio Luiz.
A situação do novo gestor da comunicação da prefeitura de Macapá é extremamente desconfortável. Ele terá que comparecer à Câmara Municipal de Macapá, na próxima terça-feira, 25, para explicar gastos da Prefeitura de Macapá para anunciar em uma página de rede social, Facebook, com apenas 40 seguidores, ao custo de 43 mil reais. Terá que explicar também porque a empresa RS Porto Marketing e Comunicação LTDA, que presta serviço à prefeitura, possui participação da ex-esposa do próprio Menescal.
O triste episódio gerou revolta em toda a classe jornalística, diversos parlamentares, veículos de comunicação, organizações ligadas aos movimentos femininos e instituições diversas. Todos se posicionaram em favor de Ana Girlene e Lilian Monteiro.