O abismo da vacinação no Brasil
Imunização em terras brasileiras anda a passos lentos
A realidade da vacinação no Brasil é preocupante. Não dá para relativizar e nem justificar que o país é grande demais. Não dá para aceitar desculpas. Existe um fato: a vacinação em terras brasileiras anda a passos lentos. A diferença para outros países salta aos olhos.
Esta semana, repercutiu na imprensa uma situação que escancara o abismo da vacinação no Brasil. A jovem brasileira Ariela Momesso Prado, de 23 anos, que mora nos Estados Unidos, foi vacinada contra a covid-19. Uma felicidade enorme. Por outro lado, uma grande preocupação. O pai de Ariela, Antônio Carlos Mayoral Momesso, que vive no Brasil, tem 62 anos e possui comorbidades. Ele ainda não foi vacinado! Mora em Sorocaba, no interior de São Paulo.

Na cidade paulista, a vacinação está emperrada e não superou a faixa dos 68 anos. Aliás, aqui em Teresina também não saiu dessa mesma faixa. Além de ser idoso, o pai da jovem Ariela tem hipertensão e já sofreu dois AVCs, ou seja, faz parte do grupo de risco da covid-19.
Essa situação evidencia o quanto a pandemia tem sido negligenciada no Brasil e por isso mesmo vivemos uma segunda onda da doença muito mais mortal do que a primeira, ocorrida no primeiro semestre de 2020.
Os Estados Unidos são uma nação de primeiro mundo e até seria compreensível estar com a vacinação mais avançada que o nosso país, mas a esse ponto chega a ser absurdo.
A diferença entre Ariela e o pai que vive no Brasil é de quase 40 anos. Aceitar que haja esse abismo entre um país e outro na vacinação contra a covid-19 e não dizer nada é ser conivente com a negligência governamental observada nessa pandemia.
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