Gustavo Almeida

Justiça feita

A Justiça Federal decidiu pela inocência de Tony e concluiu que ele apenas atuou dentro dos limites legais da sua profissão.

30 de junho de 2021 às 08:51
2 min de leitura

Assino diariamente esta coluna com o colega jornalista Tony Trindade. Ele é um profissional com larga experiência no jornalismo. São 36 anos de profissão! Quando iniciou na imprensa do Piauí, eu nem sequer tinha nascido. Hoje, eu poderia escrever sobre outro tema de política, como faço aqui todos os dias, mas falarei do Tony.

Em agosto de 2020 ele foi preso pela Polícia Federal, acusado de obter informações privilegiadas de uma investigação e repassá-las aos investigados. Ficou três dias preso. Uma notícia que pegou todos de surpresa e, sem dúvida, causou danos à sua imagem.

Passados menos de 10 meses da prisão, a Polícia Federal pediu a exclusão de Tony do caso. O Ministério Público Federal também entendeu assim e solicitou à Justiça Federal à retirada do nome de Tony, uma vez que não se conseguiu provas do que o acusavam.

A Justiça Federal decidiu pela inocência de Tony e concluiu que ele apenas atuou dentro dos limites legais da sua profissão, exercida por ele, repito, há 36 anos. O caso do Tony deve servir de exemplo para que prisões precipitadas não voltem a ocorrer.

É papel da polícia investigar, sim, e apontar se há ilegalidade ou não na conduta de alguém, mas jamais deve haver atropelos e arbitrariedades que venham a causar estragos e sofrimentos à vida de alguém. E foi isso que aconteceu com Tony!

Os sistemas policial e judiciário do Brasil precisam ser aperfeiçoados para que injustiças como essas não aconteçam. Não devemos ser contra investigações, mas temos que nos levantar contra as arbitrariedades.

A Justiça apontou que Tony é inocente, mas poderia ter chegado a essa mesma conclusão sem a necessidade de uma medida desarrazoada e injusta como foi a prisão. Quando a Justiça é feita, todos nós celebramos, mas é importante evitar que ela só aconteça depois da injustiça.

Ao amigo Tony, inocente, o meu abraço. (Gustavo Almeida)

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