Coluna Coração 5.0

Insuficiência cardíaca: quando o coração começa a falhar

Reconhecer os sintomas e sinais de alerta da insuficiência cardíaca pode salvar vidas.

18 de julho de 2024 às 09:42
5 min de leitura

Nesse mês de julho, celebramos o Dia Nacional de Alerta contra a Insuficiência Cardíaca, uma data dedicada a aumentar a conscientização sobre essa condição de saúde séria e comum que afeta milhões de pessoas no Brasil e ao redor do mundo.

A insuficiência cardíaca é uma condição em que o coração não consegue bombear sangue de forma eficiente, comprometendo a entrega de oxigênio e nutrientes aos tecidos do corpo. Vamos entender mais sobre essa doença, sua importância, e os alertas que todos devemos considerar.

A insuficiência cardíaca é uma das principais causas de hospitalização entre adultos acima dos 65 anos. Estima-se que cerca de 23 milhões de pessoas em todo o mundo vivem com essa condição. No Brasil, a prevalência é crescente, devido ao envelhecimento da população e ao aumento das doenças crônicas, como hipertensão e diabetes, que são fatores de risco importantes para a insuficiência cardíaca.

Insuficiência cardíaca, coração - Foto: Reprodução

A importância de abordar a insuficiência cardíaca é crucial, não apenas pela alta prevalência, mas também pelos impactos significativos na qualidade de vida dos pacientes e nos sistemas de saúde. Pacientes com insuficiência cardíaca frequentemente enfrentam sintomas debilitantes, como fadiga, falta de ar e edema, que limitam suas atividades diárias e aumentam o risco de hospitalizações recorrentes e mortalidade.

Reconhecer os sintomas e sinais de alerta da insuficiência cardíaca pode salvar vidas. Aqui trazemos alguns dos principais sinais aos quais devemos estar atentos:

a) Falta de ar (dispneia): Inicialmente pode ocorrer durante atividades físicas, mas pode progredir para dispneia em repouso ou ao deitar.

b) Fadiga excessiva: Cansaço incomum e persistente, mesmo após atividades leves.

c) Edema: Inchaço nos pés, tornozelos, pernas ou abdômen, causado pelo acúmulo de líquidos.

d) Ganho de Peso Rápido: Um aumento súbito de peso devido à retenção de líquidos.

e) Tosse Persistente: Uma tosse que não desaparece, frequentemente acompanhada de sibilos (chiados) ou catarro rosado.

d) Palpitações: Sensação de batimentos cardíacos rápidos ou irregulares.

A prevenção da insuficiência cardíaca envolve o controle rigoroso dos fatores de risco cardiovasculares e a adoção de um estilo de vida saudável. Aqui estão 7 recomendações importantes:

  1. Controle da pressão arterial: Monitore e mantenha a pressão arterial dentro dos limites normais.
  2. Gerenciamento da diabetes: Controle rigoroso dos níveis de glicose no sangue.
  3. Dieta saudável: Adote uma dieta equilibrada, rica em frutas, vegetais, grãos integrais, e pobre em sal e gorduras.
  4. Exercício regular: Pratique atividades físicas regularmente, conforme orientação médica.
  5. Abandono do tabagismo: Evite o uso de cigarros e a exposição ao fumo passivo.
  6. Limitação do álcool: Consumo moderado de álcool, conforme orientação médica.
  7. Monitoramento do peso: Mantenha um peso saudável e monitore mudanças súbitas de peso.

O tratamento da insuficiência cardíaca pode envolver medicamentos, dispositivos médicos e, em casos graves, procedimentos cirúrgicos. Medicamentos para pressão e que fazem urinar mais são comumente usados para controlar os sintomas e melhorar a função cardíaca. Em alguns casos, dispositivos como desfibriladores implantáveis e terapia de ressincronização cardíaca podem ser necessários.

Dessa forma, a insuficiência cardíaca é uma condição séria que requer atenção e cuidados contínuos. É fundamental aumentarmos a conscientização sobre essa doença, reconhecer os sinais de alerta e adotar medidas preventivas para proteger a saúde do coração.

Cuide do seu coração, porque ele cuida de você.

  • Dr. Jocerlano Sousa
  • Cirurgião cardiovascular
  • CRM - PI 3412
  • RQE 1579
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