Coluna No Centro do Poder

Rapidinhas do Poder: o resumo de uma semana agitada no Planalto Central

Arthur Lira mais poderoso, os ringue no Conselho de Ética e os planos da direita para 2026 marcaram a semana em Brasília.

06 de junho de 2024 às 15:51
3 min de leitura

O Rei Arthur e o poder da Casa Baixa do Planalto Central

A tentativa do senador Rodrigo Cunha (Podemos -AL) de atingir o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira, saiu pela culatra. A retirada da taxação das compras internacionais do Projeto Mover até irritou o político alagoano, porém,

Lira mostrou a sua força ao ameaçar não votar a proposta caso a alteração fosse acatada. Diante dessa pressão, os senadores atenderam o presidente da Casa Baixa do Congresso e aprovaram a taxação, cumprindo um acordo feito entre o próprio Lira e o governo federal.

Resumo da ópera: Lira se credencia, cada vez mais, para exigir o tão sonhado ministério do governo federal e até para ocupar uma cadeira no Senado, em 2026, feito para o qual já vem se preparando desde agora.

O Conselho sem Ética

O que pensariam políticos consagrados como Juscelino Kubitschek, que construiu Brasília ou Ulysses Guimarães, que liderou a elaboração da nossa Constituição Federal, ao verem parlamentares da atualidade agindo como alunos de 5ª série, proferindo provocações e deboches em meio aos debates de assuntos que interferem, diretamente, na vida da população?

A briga protagonizada entre Nikolas Ferreiras e André Janones na Comissão de Ética e as farpas trocadas entre as deputadas Erika Hilton e Julia Zanatta demonstram que a seriedade é um elemento que, há tempos, não faz parte das comissões da Câmara dos Deputados e a época das cabeças pensantes da política foi substituída por uma remessa de parlamentares infantis e deslumbrados, detentores de um poder que os mesmos não sabem o que fazer nem como lidar.

Lamentável...

O Plano "B" ´é fazer o Plano 'A" dar certo

O senador Ciro Nogueira declarou que a oposição não tem plano B para as eleições de 2026 e que o candidato é o ex-presidente Jair Bolsonaro. Essa declaração também reflete o raciocínio da ex-primeira-dama, Michele Bolsonaro.

Pela inelegibilidade de Bolsonaro, integrantes da direita defendem que o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, seja o tal plano B na disputa presidencial. E Tarcísio já vem se preparando para isso. Porém, essa ideia não é unanimidade no ninho bolsonarista

Por outro lado, Bolsonaro já fez afagos ao governador de São Paulo, talvez prevendo que possa precisar dessa carta na manga em 2026. Seria esse um indício de que Bolsonaro estaria fazendo seus próprios planos como estratégia para tentar voltar ao poder, sendo ele ou não o "Plano Perfeito"?

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