Coluna No Centro do Poder

Fernanda Duarte

Governo e oposição divergem sobre as investigações de fraudes no INSS

Oposição afirma que já tem assinaturas necessárias para instalar uma CPI e base do governo diz que as fraudes já estão sendo investigadas.

06 de maio de 2025 às 10:59
2 min de leitura

O encândalo do INSS continua rendendo debates no mundo político, em Brasília. No Congresso Nacional, as discussões estão sendo marcadas por divergências dos líderes partidários sobre a forma das investigações a respeito das fraudes.

Segundo as denúncias da Polícia Federal, associações teriam descontado indevidamente cerca de R$ 6,3 bilhões de aposentados desde 2019.

Um pedido de CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) já foi protocolado na Câmara. Parlamentares da oposição, que está coordenado esse pedido, afirmam que foram coletadas mais de 171 assinaturas favoráveis à abertura dessa CPI para investigar a fraude.

Por outro lado, os líderes ligados a base do governo dizem que já há uma investigação em curso, coordenada pela Controladoria Geral da União e, portanto, não haveria a necessidade de um colegiado para isso.

Existem 12 pedidos de CPI na frente desta, mas, de acordo com a oposição, há urgência para que o tema seja investigado.

O Regimento Interno da Câmara dos Deputados estabelece que só podem funcionar cinco CPIs simultaneamente. Para que a comissão seja instalada, é necessário o aval do presidente da Câmara, Hugo Motta.

Como alternativa, deputados e senadores se uniram em prol de uma CPMI (Comissão Parlamentar Mista de Inquérito). Dessa forma, não seria necessaria a autorização nem do presidente da Câmara nem do Senado. O pedido de CPMI ja conta com o apoio de 182 deputados e 29 senadores, mais que o necessário para ser instalada.

Esse é mais um problema que o presidente Lula terá que administrar. Mesmo com o apoio de Hugo Motta e Davi Alcolumbre, que possivelmente não vão autorizar a instalação da CPI, o Congresso tem autonomia para instalar a CPMI e o desgaste será inevitável. E é justamente na busca desse desgaste que parlamentares da direita vão trabalhar incansavelmente, visando as eleições de 2026 e a intensificação da queda da popularidade do líder pestista.

A OPINIÃO DOS NOSSOS COLUNISTAS NÃO REFLETE, NECESSARIAMENTE, A OPINIÃO DO PORTAL LUPA1 E DEMAIS VEÍCULOS DE COMUNICAÇÃO DO GRUPO LUPA1 .

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