Sílvio Mendes revela mais de R$ 1 bilhão em dívidas da prefeitura de Teresina
Prefeito não descartou a possibilidade de reduzir ainda mais o número de órgãos da administração municipal como medida para reduzir as contas.
O prefeito de Teresina, Sílvio Mendes (União Brasil), revelou nesta segunda-feira (05), que a prefeitura enfrenta atualmente um “colapso financeiro” decorrente de dívidas nas contas públicas que podem chegar a cerca de R$ 1 bilhão. A informação foi repassada pelo gestor durante a comemoração dos 17 anos do Hospital de Urgência de Teresina (HUT).
“O que se noticiava das dificuldades de orçamento e financiamento da Prefeitura são muito maiores do que se poderia imaginar. Do que eu imaginava. Tomei várias medidas, como extinção de secretarias, redução de comissionados e medidas de contenção de despesas. Não foram suficientes. Nós estamos ainda com um desequilíbrio fiscal, seja orçamentário, seja financeiro e é preciso tomar muitas medidas duras, que eu não queria tomar. Já foi identificada nesse período uma dívida de quase 500 milhões de reais e tem uma outra maior do que essa, que remete a uma dívida total de mais de um bilhão de reais”, revelou.
Sílvio anunciou a criação de um grupo técnico formado pela Secretaria Municipal de Administração, Procuradoria Geral do Município (PGM), Administração e Planejamento, Fundação Municipal de Saúde (FMS) e a Secretaria de Educação, que irá revisar todos os contratos em vigor com o objetivo de identificar possíveis irregularidades, além de responsabilizar os envolvidos.
"Primeiro, vamos tentar resolver administrativamente e aguardar a manifestação do TCE. Posso adiantar que um grupo vai estudar e propor as medidas necessárias. A Secretaria Municipal de Administração, a Procuradoria Geral do Município, Planejamento, Finanças, FMS e Educação. Todos os órgãos estão sendo olhados para reduzir despesa e não entrar na falta de prestação de serviço para quem paga a conta".
Além disso, o prefeito não descartou a possibilidade de reduzir ainda mais o número de órgãos da administração municipal como medida para reduzir as contas da capital.
“Nada está descartado, inclusive, poderemos extinguir mais pastas. Tudo que for para economizar gastos, será pensado e discutido”, revelou o prefeito.