Tem uma saída para o MDB do Piauí, de forma cruzada, emplacar vice na chapa de Rafael
Ninguém vai assumir, mas nos bastidores já começou a operação “anti-rafaboy” na vice de Rafael. O nome apaziguador já estaria escolhido
Por Fernanda Duarte
De Brasília
O estilo bem particular do governador Rafael Fonteles causou um reboliço antecipado a partir de um fato que poderia, seguramente, ser levado “na barriga” até as vésperas da eleição, como fez Wellington Dias, em igual situação na sua reeleição. O então governador já tinha tudo definido em sua cabeça, mas deixou para anunciar sua decisão no limite de todos os prazos, quando chamou o MDB ao Karnak, todos achando que seria o enunciado que Themístocles seria escolhido vice quando, na verdade, foi pra dizer exatamente o oposto e ainda anunciar o nome realmente escolhido: Regina Sousa.Todos ali, perplexos, e Themistocles arrasado, mas sem tempo hábil para reações mais radicais.“O índio não dá ponto sem nó”, é o que dizem políticos do próprio PT e alguns de partidos aliados, afirmando que Wellington sabe conduzir seus objetivos com maestria.
Quando falam isso, ao mesmo tempo, deixam uma crítica no ar sobre a forma como Rafael conduz questões delicadas, como essa da escolha do seu vice em 26. Rafael não se segurou e deixou escapar que Themistocles é carta fora do baralho e que a vaga será de um petista.
Diante da decisão anunciada, tanto emedebistas, quanto petistas mais históricos têm a convicção que o governador quer colocar um dos seus auxiliares mais próximos, membros do seleto clube dos Ex-IDB, chamados de “Rafaboys”, como o vice que será, eventualmente, governador por 10 meses, podendo ser o nome a ser indicado candidato à reeleição.Os nomes já são especulados, alguns desconversam, outros avançam e depois recuam, mas é fato que cada um pertencente a essa confraria sonha em ser o escolhido.
Diante do tempo que separa o dia de hoje do prazo máximo para a formalização dessa decisão, muitos movimentos de bastidores vão acontecer. Não somente os emedebistas, defensores de um nome do partido como vice, mas também a velha guarda petista, assustada com o neo-petismo piauiense, vão se movimentar para que a vaga não seja ocupada por nenhum desses nomes atualmente especulados.
Um nome palatável, jovem, mas com relativa maturidade política, moderado em suas ações, bem relacionado com emedebistas, petistas e demais partidos aliados da base, com ramificações políticas e familiares que trafegam em idas e vindas com protagonistas e coadjuvantes dessa disputa pode vir a ser o escolhido, na hora certa.E tem mais: para ele sair de onde está e ir para o PT não será coisa do outro mundo.
Não me peçam nome.
Seria uma obviedade redundante.
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