Lula fortalece laços com Japão e Vietnã em visitas estratégicas na Ásia
Presidente busca expansão de mercados e investimentos em viagem a Tóquio e Hanói.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva embarca para uma importante viagem diplomática no fim deste mês, com destino ao Japão e ao Vietnã. Entre os dias 24 e 27 de março, Lula estará em Tóquio, e de 27 a 29, em Hanói, dando sequência a sua agenda internacional focada no fortalecimento de laços estratégicos e na ampliação de mercados para o Brasil.

Esta será a quinta visita de Lula ao Japão e a segunda ao Vietnã, reforçando o compromisso do governo brasileiro com a Ásia. O Japão, além de ser a nona maior fonte de investimentos estrangeiros no Brasil, com um montante de US$ 35 bilhões nos últimos três anos, é também um parceiro de longa data. Os dois países mantêm uma Parceria Estratégica e Global, que completa uma década em agosto deste ano. Em 2025, serão celebrados os 130 anos das relações diplomáticas entre Brasil e Japão, marcadas pelo Tratado de Amizade, Comércio e Navegação assinado em 1895 e pela imigração japonesa ao Brasil, iniciada em 1908.
Outro fator que reforça a relação entre os países é a grande presença de imigrantes. O Brasil tem a maior população de descendentes japoneses fora do Japão, estimada em mais de 2 milhões de pessoas, enquanto cerca de 211 mil brasileiros vivem no arquipélago asiático.
Segundo o embaixador Eduardo Saboia, secretário de Ásia e Pacífico do Ministério das Relações Exteriores, a viagem busca impulsionar setores prioritários e abrir novos mercados para produtos brasileiros, como carne bovina e suína in natura. "O Japão é uma grande economia, nosso mais tradicional parceiro na Ásia. Temos como base essa boa relação de vínculos humanos e econômicos, mas queremos avançar", destacou.
Além da pauta comercial, a visita ao Japão também deve abordar as relações entre o Mercosul e o país asiático. Existe ainda a expectativa de atrair mais investimentos japoneses para o Brasil, especialmente em parcerias público-privadas, já que há grande complementaridade entre as economias dos dois países.
Com essa agenda, o governo brasileiro espera fortalecer os laços históricos e econômicos, garantindo novas oportunidades para exportações, investimentos e parcerias estratégicas no continente asiático.