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Lucas Moraes: um novo Felipe Santolia?

O prefeito da pequena cidade de Bom Princípio, no Piauí, reedita práticas do ex-prefeito de Esperantina e tende a ter as mesmas consequências.

26 de dezembro de 2021 às 12:20
3 min de leitura

O prefeito do município de Bom Princípio do Piauí, Lucas Moraes, segue se envolvendo em polêmicas. O gestor tem agido de forma inconsequente, criticando até mesmo a opinião da população do município. Alguns acreditam que ele está reeditando práticas do ex-prefeito de Esperantina, Felipe Santolia, e que pode ter as mesmas consequências.

O ex-prefeito de Esperantina,Felipe Santolia, ficou conhecido por fazer desvios milionários do sistema de previdência municipal. Ele fazia o desconto no salário dos servidores, mas não repassava ao órgão. O esquema foi descoberto e o gestor passou a ser investigado. Em fevereiro de 2015 ele chegou a ser preso durante uma audiência no fórum da cidade, mas foi liberado menos de dez dias depois em uma decisão da justiça. O ex-gestor respondia ao processo pelo crime de peculato e teve mandado de prisão expedido pela justiça em 2020.

Assim como Felipe, Lucas Moraes está sendo acusado de cometer peculato, desvio de dinheiro público e outros crimes de responsabilidade. Além de usar as redes sociais para criticar quem é contrário às práticas do prefeito, ele expõe tambémmúsicas de baixo calão. Em um grupo de Whatsapp, o gestor chegou a se irritar e chamar um dos radialistas da cidade de babaca.

“Eu não sei nem o que tu faz da tua vida, ao invés de ficar no Whatsapp difamando as pessoas. Tua hora vai chegar meu rei. Agora tu vai ter que dar um jeito de provar todas as tuas mentiras que tu fala […] Tu é um grande de um mentiroso, babaca”

Em 2015, o gestor chegou a ser preso por falsidade ideológica ao tentar prestar vestibular no nome de seu pai, Jacinto Costa Mendes. Lucas Moraes também é acusado de pagar bolsas para blogueiros e apadrinhados políticos em cargos públicos no município.

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Alguns dos bolsistas eram parentes, apadrinhados políticos, ex-candidatos, ex-vereadores, noiva de secretário, sobrinho de assessor, filho e mãe de Controladora, mãe da secretária de Finanças, tio do presidente da Câmara e até blogueiros.

Além disso, o gestor é acusado de superfaturar licitações públicas. No dia 14 de julho, foi publicado no diário oficial do município que ele pretendia gastar em menos de 06 (seis) meses, mais de R$ 700 mil com aquisição de pneus e serviços de alinhamento e balanceamento.

Algumas autoridades do MPPI já foram acionadas para investigar os casos.

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