CGU conclui que registro de vacinação de Bolsonaro contra Covid-19 é falso
Investigação apontou diversas inconsistências nos dados apontados no cartão de vacinação do ex-presidente.
A Controladoria-Geral da União (CGU), concluiu nesta quinta-feira (19) que o registro de vacinação contra Covid-19, de 19 de julho de 2021, do ex-presidente Bolsonaro é falso. A análise foi feita através de um pedido, via um pedido à Lei de Acesso à Informação (LAI), em dezembro de 2022.
De acordo com a investigação da AGU, consta no cartão de vacinação de Bolsonaro que ele havia tomado a vacina em 19 de junho de 2021, na Unidade Básica de Saúde do Parque Peruche, na zona norte de São Paulo. No entanto, foi apontado que o então presidente não estava na capital no dia resultado.
A investigação também mostrou que o lote do imunizante que contava no sistema, não estava disponível na UBS.
A enfermeira indicada no cartão de vacinação negou em depoimento que havia realizado o procedimento. Ela ainda comprovou por meio de documentos que não era mais funcionária da unidade na data indicada do cartão.
Os funcionários da UBS também relataram para a CGU que não houve registro do da presença do ex-presidente no local.
Outros casos
A CGU já encontrou outros dois registros de vacinação atribuídos a Bolsonaro, que teriam ocorrido em 13 de agosto e 14 de outubro de 2022, em Duque de Caxias (RJ). Os registros foram cancelados antes da investigação.
De acordo com a Polícia Federal, a suspeita é que exista um esquema de fraudes em cartões de vacina. Entre os envolvidos estaria o tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens da Presidência da República, preso em maio do ano passado.
Segundo a investigação, os suspeitos inseriram dados falsos da vacinação em sistemas exclusivos no Ministério da Saúde. O objetivo era conceder o acesso de pessoas que não se imunizaram a locais onde a vacinação era obrigatória.
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