Polícia

Polícia Civil investiga crimes de estupro e tortura no Piauí e em 8 estados

Investigações apontam que os envolvidos se organizavam virtualmente, em plataformas como Discord, para cometer estupros virtuais, além de torturas.

30 de junho de 2025 às 09:22
2 min de leitura

A Polícia Civil do Rio de Janeiro (PCERJ) deflagrou, nesta segunda-feira (30), a Operação Abbraccio, com o objetivo de desarticular um grupo criminoso acusado de estupros e tortura de mulheres, além da divulgação das imagens pela internet. Os mandados de prisão e de busca e apreensão estão sendo cumpridos em Caxias e Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense, e em outros oito estados, Amazonas, Bahia, Distrito Federal, Goiás, Minas Gerais, Piauí, Santa Catarina e São Paulo. Até o momento, quatro pessoas foram presas.

Polícia Civil investiga crimes de estupro e tortura no Piauí e em 8 estados. Foto: Divulgação/PCERJ

A Operação Abraccio iniciou a partir de uma investigação da Delegacia de Atendimento à Mulher (Deam), de Duque de Caxias, na Baixada Fluminense, depois que uma mãe procurou a unidade para relatar que imagens íntimas de sua filha estavam sendo divulgadas. Durante a apuração, os agentes constataram a existência de uma rede criminosa com dezenas de outras vítimas. Tudo era transmitido on-line e, em alguns casos, a gravação era posteriormente exposta na internet.

As investigações apontam que os envolvidos se organizavam virtualmente, em plataformas como Discord, para cometer estupros virtuais, torturas, misoginia e racismo contra as vítimas. De acordo com a Deam de Duque de Caxias, o grupo forçava as vítimas a atos violentos ou a se mutilar com navalhas, fazendo-as escrever os nomes dos autores na própria pele.

De acordo com a PCERJ, em maio um dos integrantes do grupo foi preso. A partir da perícia de cerca de 80 mil imagens, vídeos e áudios encontrados em dispositivos eletrônicos, foi possível chegar aos demais envolvidos e suas lideranças. O material apreendido também demonstra a frieza com que eles tratam o sofrimento e a vida humana.

Até o momento, seis mulheres foram identificadas, mas acredita-se que o grupo possa ter feito dezenas de outras vítimas. Além das prisões, a operação desta segunda busca apreender celulares, computadores e mídias digitais capazes de comprovar os crimes praticados e ampliar o mapeamento da rede criminosa.

O material arrecadado será analisado e poderá embasar novas diligências, além de responsabilizações penais e civis.

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