Polícia

Operação Prodígio: veja como vivia líder de grupo que gerou fraude milionária

Acusado colecionava viagens internacionais, roupas de grife e carros de luxo.

05 de setembro de 2023 às 14:40
4 min de leitura

Na manhã desta terça-feira (05), a Polícia Civil deflagrou a “Operação Prodígio” nas cidades de Teresina, Nazaré do Piauí e Floriano, com objetivo de prender grupo criminoso envolvido em fraudes milionárias e que gerou prejuízo de R$ 19 milhões a um banco. Entre os presos, está Anderson Ranchel (líder do grupo).

Chefe do grupo preso durante operação - Foto: Redes sociais

O Lupa1apurou que Anderson ostentava vida de luxo, colecionando carros, viagens internacionais e roupas de grife, exibindo tudo nas redes sociais. Contanto com mais de 2 mil seguidores no Instagram, o preso tinha destaques para mostrar os países que visitava com frequência, como os Estados Unidos, Canadá, México, Colômbia e Paraguai. A passagem mais barata para esses países custa em média R$ 1.700 reais.

O que muitos não sabiam é que a vida luxuosa era fruto de um esquema criminoso milionário. Os acusados criaram empresas fantasmas para gerar o dinheiro proveniente do crime. E além disso, tinha os chamados clientes, que faziam cadastros no banco, com dados adulterados, para poder conseguir altas linhas de crédito.

Durante coletiva de imprensa, o delegado Anchieta Nery, falou sobre a operação, que cumpriu 25 mandados de busca e apreensão e 30 mandados de prisão.

Delegado Anchieta Nery - Foto: divulgação: SSP-PI

A organização criminosa montava uma verdadeira fraude, sabia tudo que precisava inserir de informação falsa no aplicativo do banco para enganar o motor de crédito, que é o algoritmo que vai tabular o quanto de crédito eu vou fornecer para aquele cliente. Então eles sabiam que algumas profissões poderiam importar em um score maior, como médico, engenheiro e atleta profissional. O Piauí nunca teve tanto jogador profissional quanto nessa investigação, nosso futebol descolou, se os fatos nessa investigação fossem verdade, afirmou o delegado Anchieta.

Veja imagens

Líder do grupo - Foto: Redes sociais


Líder do grupo - Foto: Redes sociais

Líder do grupo - Foto: Redes sociais

Nomes dos envolvidos no esquema milionário

  • Anderson Ranchel Dias De Sousa

  • Ângela Marques De Almeida Terto

  • Ariosvan Lopes Pereira

  • Diana Mayara Da Costa Reis

  • Dimona Cibele De Andrade Miranda

  • Eristay Cantuario Oliveira

  • Erisvelton Felipe Oliveira Santos

  • Handson Ferreira Barbosa

  • IIgner De Oliveira Bueno Lima

  • Joao Gabriel Vieira Leal Dos Santos

  • Jose lann Da Penha Passos

  • Juliana Maciel Aires

  • Kamila Thayline De Oliveira Gomes

  • Liedson Ribeiro Da Costa

  • Louise Raquel Cardoso De Sousa

  • Marcelo Cristian Gomes Silva

  • Marcelo De Sousa Almeida

  • Maria Aparecida Da Costa Morais

  • Rafael Soares De Oliveira

  • Raimundo Isaias Lima

  • Ramon Vitor Lopes Gomes

  • Rennan Erick De Oliveira Sousa

  • Savio Maximo De Sousa

  • Andrade, Simplicio Da Silva Santos

  • Taise Nunes Da Silva

  • Tiago De Carvalho Santos

  • Vinicius De Morais Sousa

  • Vitoria Ferreira Do Nascimento

  • Wanderson Santos Queiroz

  • Washington Silva De Santana

ENTENDA A OPERAÇÃO

A Polícia Civil do Piauí deflagrou na manhã desta terça-feira (5) a “Operação Prodígio”, contra um esquema de fraude financeira que gerou prejuízo de R$19 milhões a um banco. A ação cumpriu 25 mandados de busca e apreensão e 30 mandados de prisão temporária em Teresina, Floriano, Amarante e Nazaré do Piauí.

Veículos apreendidos durante Operação Prodígio - Foto: Divulgação/ Ascom

De acordo com a investigação, dos R$19 milhões de prejuízo, R$6 milhões são relacionados a fraudes praticadas em contas bancárias de agências localizadas no Piauí.

Segundo a polícia, a fraude consistia em cooptar pessoas para abrir contas bancárias com dados falsos (como profissão, renda etc.) que levassem o banco a aumentar o limite de crédito desse cliente. Uma vez aberta a conta, a associação criminosa simulava uma série de transações bancárias para “esquentar” a conta, de forma que o banco entendesse que aquela renda declarada era legítima.

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