Justiça mantém prisão da influenciadora Milena Pâmela após pedido de soltura
Defesa de Milena argumentou que não havia fundamentos suficientes para justificar a prisão temporária.
O desembargador Sebastião Ribeiro Martins, do Tribunal de Justiça do Piauí (TJ-PI), negou o pedido de liberdade feito pela defesa da empresária e influencer Milena Pâmela, presa durante a Operação Jogo Sujo II, deflagrada na última quarta-feira (9), em Teresina. A decisão foi proferida na quinta-feira (10), após a análise de um pedido de habeas corpus.
A defesa de Milena argumentou que não havia fundamentos suficientes para justificar a prisão temporária, destacando que a empresária é primária, que medidas cautelares seriam suficientes e solicitando a conversão da prisão em domiciliar, tendo em vista que ela está grávida. No entanto, o desembargador rejeitou o pedido, enfatizando a importância da prisão para o andamento das investigações.
Sebastião Ribeiro Martins destacou em sua decisão que a prisão temporária da empresária é necessária para evitar interferências no inquérito policial. “Se faz necessária a colheita de outras provas, sem interferências dos suspeitos, especialmente os depoimentos dos investigados, descoberta de outros possíveis envolvidos no fato, apreensão de aparelhos celulares e/ou de outros objetos que ajudem a esclarecer os crimes, a fim de que com isso se elucidem os fatos”, afirmou.
Além disso, o desembargador ressaltou a capacidade econômica e o acesso a tecnologias por parte de Milena Pâmela, o que poderia facilitar a ocultação ou destruição de provas relevantes para a investigação, como documentos e registros financeiros. Segundo o magistrado, há o risco de interferência no rastreamento de ativos e movimentações bancárias.
Sobre o pedido de prisão domiciliar devido à gravidez da empresária, Sebastião Martins reforçou que essa condição "não enseja a aplicação automática da prisão domiciliar" e que é necessário verificar se, no caso específico, a medida seria suficiente para garantir a proteção dos interesses da investigação.
"Operação Jogo Sujo"
A Secretaria de Segurança Pública (SSP), através da Delegacia de Repressão e Combate aos Crimes de Informática (DRCI), deflagrou na manhã de quarta-feira (09) a 2ª fase da Operação Jogo Sujo em Teresina, no Piauí, e em Timon e Caxias, no Maranhão.
Segundo informações divulgadas pela SSP-PI, sete pessoas foram presas, entre elas o integrante da Polícia Militar, cabo Jairo, que ficou conhecido nas redes sociais pelos seus vídeos e até divulgação do “Jogo do Tigrinho”.
O influenciador Lokinho, envolvido em um grave acidente no último domingo (06), que deixou duas mulheres mortas e vários feridos, também foi preso durante a operação. A empresária e influencer Milena Pamela também foi presa.
Confira a lista com todos os alvos da “Operação Jogo Sujo II”
Letícia Elen (presa)
Diogo Macedo (preso)
Milena Pamela (Presa)
Marta Evelyn
Brenda Raquel
Douglas Guimarães (Está em SP)
Maria Geiceli (Babados Teresina)
Jefferson Victor (Teresina fofoqueira)
Antonio Robson (Robin da carne)
Lokinho (preso)
Matheusinho
Matheus Guerra da Silva
João Vaz Neto
Cabo Jairo (Preso)
Sargento Mota
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