Polícia

Justiça mantém prisão da influenciadora Milena Pâmela após pedido de soltura

Defesa de Milena argumentou que não havia fundamentos suficientes para justificar a prisão temporária.

11 de outubro de 2024 às 10:54
4 min de leitura

O desembargador Sebastião Ribeiro Martins, do Tribunal de Justiça do Piauí (TJ-PI), negou o pedido de liberdade feito pela defesa da empresária e influencer Milena Pâmela, presa durante a Operação Jogo Sujo II, deflagrada na última quarta-feira (9), em Teresina. A decisão foi proferida na quinta-feira (10), após a análise de um pedido de habeas corpus.

A defesa de Milena argumentou que não havia fundamentos suficientes para justificar a prisão temporária, destacando que a empresária é primária, que medidas cautelares seriam suficientes e solicitando a conversão da prisão em domiciliar, tendo em vista que ela está grávida. No entanto, o desembargador rejeitou o pedido, enfatizando a importância da prisão para o andamento das investigações.

Influencer e empresária Milena Pâmela - Foto: reprodução/Redes sociais

Sebastião Ribeiro Martins destacou em sua decisão que a prisão temporária da empresária é necessária para evitar interferências no inquérito policial. “Se faz necessária a colheita de outras provas, sem interferências dos suspeitos, especialmente os depoimentos dos investigados, descoberta de outros possíveis envolvidos no fato, apreensão de aparelhos celulares e/ou de outros objetos que ajudem a esclarecer os crimes, a fim de que com isso se elucidem os fatos”, afirmou.

Além disso, o desembargador ressaltou a capacidade econômica e o acesso a tecnologias por parte de Milena Pâmela, o que poderia facilitar a ocultação ou destruição de provas relevantes para a investigação, como documentos e registros financeiros. Segundo o magistrado, há o risco de interferência no rastreamento de ativos e movimentações bancárias.

Sobre o pedido de prisão domiciliar devido à gravidez da empresária, Sebastião Martins reforçou que essa condição "não enseja a aplicação automática da prisão domiciliar" e que é necessário verificar se, no caso específico, a medida seria suficiente para garantir a proteção dos interesses da investigação.

"Operação Jogo Sujo"

A Secretaria de Segurança Pública (SSP), através da Delegacia de Repressão e Combate aos Crimes de Informática (DRCI), deflagrou na manhã de quarta-feira (09) a 2ª fase da Operação Jogo Sujo em Teresina, no Piauí, e em Timon e Caxias, no Maranhão.

Segundo informações divulgadas pela SSP-PI, sete pessoas foram presas, entre elas o integrante da Polícia Militar, cabo Jairo, que ficou conhecido nas redes sociais pelos seus vídeos e até divulgação do “Jogo do Tigrinho”.

O influenciador Lokinho, envolvido em um grave acidente no último domingo (06), que deixou duas mulheres mortas e vários feridos, também foi preso durante a operação. A empresária e influencer Milena Pamela também foi presa.

Confira a lista com todos os alvos da “Operação Jogo Sujo II”

  • Letícia Elen (presa)

  • Diogo Macedo (preso)

  • Milena Pamela (Presa)

  • Marta Evelyn

  • Brenda Raquel

  • Douglas Guimarães (Está em SP)

  • Maria Geiceli (Babados Teresina)

  • Jefferson Victor (Teresina fofoqueira)

  • Antonio Robson (Robin da carne)

  • Lokinho (preso)

  • Matheusinho

  • Matheus Guerra da Silva

  • João Vaz Neto

  • Cabo Jairo (Preso)

  • Sargento Mota

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