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Polícia Federal deflagra operação para desarticular organização criminosa no Piauí

Ao todo, estão sendo cumpridos 180 mandados de busca e apreensão e 35 mandados de prisão preventiva.

17 de março de 2022 às 13:58
2 min de leitura

Nesta quinta-feira (17) a Polícia Federal deflagrou a Operação Tarrafa no Piauí e mais 11 estados, com o objetivo de desarticular organização criminosa que praticava fraudes milionárias no Seguro Desemprego do Pescador Artesanal (SDPA), também conhecido como “Seguro Defeso”.

De acordo com a Polícia Federal, foram identificados a utilização de, ao menos, 102 Certificados Digitais de Identificação fraudulentos expedidos em nome de servidores públicos. A organização criminosa, utilizando destes certificados falsos, conseguiu gerar cerca de 436 mil pedidos de SDPA, envolvendo cerca de 400 mil CPFs e com participação de diversas colônias, sindicatos e associações de pescadores.

ASCOM/PF

As investigações apontam o possível envolvimento de 42 servidores públicos. Foram deferidas medidas de busca e apreensão em face de 36 servidores do INSS. Outros 06 servidores da Secretaria de Aquicultura e Pesca, lotados no estado do Pará, além das buscas estão sendo afastados por decisão judicial nesta data.

Ao todo, estão sendo cumpridos 180 mandados de busca e apreensão e 35 mandados de prisão preventiva. As ações estão ocorrendo em 12 estados: Piauí, Pará, Maranhão, São Paulo, Ceará, Bahia, Pernambuco, Minas Gerais, Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Goiás e Tocantins.

Os benefícios objeto de investigação na Operação Tarrafa acarretaram pagamentos de aproximadamente R$ 1,52 bilhão a solicitantes em 1.340 municípios.

As investigações tiveram início em 2020, quando foi constituído Grupo de Trabalho envolvendo a Polícia Federal, Secretaria da Pesca (SAP/MAPA), INSS, Secretaria Especial de Previdência e Trabalho (SEPT/ME), CAIXA e DATAPREV.

Os fatos investigados enquadram os membros da organização criminosa nos crimes de estelionato, participação em organização criminosa, falsificação de documento público, uso de documento falso, inserção de dados falsos em sistemas de informação, corrupção passiva e corrupção ativa. As investigações seguem em andamento.

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