Coluna Radar Político

Mariano Wikoli

O cronômetro de Ismael Silva na Semec

Silvio venceu a eleição com Jeová, e Ismael Silva foi convidado, aceitou e tomou posse como secretário municipal de Educação.

14 de janeiro de 2025 às 17:06
3 min de leitura

Que o mandato do atual prefeito, Silvio Mendes, foi conquistado por diversas variáveis, até o cidadão comum menos atento à política já sabe. Mas a coluna fará um recorte temporal de 2024, analisando alguns motivos que levaram a maioria do eleitorado teresinense a escolher Silvio Mendes para administrar a cidade:
1.A insatisfação com a gestão da época, comandada por Dr. Pessoa (e sua família);
2.A rejeição ao Partido dos Trabalhadores, embora o candidato Fábio Novo tenha alcançado a maior votação do partido em eleições para a prefeitura de Teresina;
3.A experiência e o histórico de bom gestor de Silvio Mendes, aliados à articulação que uniu Silvio e Jeová. Ali estava a “chapa dos sonhos”: experiência e juventude, seriedade e amabilidade com os aliados.

No meio do caminho, destacou-se a figura de um político em ascensão, fruto de uma excelente conduta parlamentar em seu primeiro mandato. Além disso, Ismael carregava outros atributos, frequentemente exaltados por Silvio Mendes: jovem, negro, da periferia, evangélico. Segundo fontes, nos bastidores já havia o convite para que Ismael fosse o vice na chapa que se desenhava.

A história seguiu. Silvio venceu a eleição com Jeová, e Ismael Silva foi convidado, aceitou e tomou posse como secretário municipal de Educação. Duvidar de sua capacidade administrativa, de suas boas intenções e da possibilidade de ele dar (ou não) conta do recado é algo que provavelmente passa pela cabeça de alguns, deste colunista não.

Os fatos tornados públicos pela vereadora Samantha Cavalca, sua correligionária, revelam o perfil de um jovem político que se diferencia de sua história até aqui: o “novo”, combatente da velha política. No entanto, o imbróglio com a vereadora expõe Ismael a uma prática mais que comum nos legislativos, envolvendo recursos, nomeações e outras negociações que um suplente precisa acertar com o titular do mandato. Há quem diga que o silêncio do Palácio da Cidade é um “clique no cronômetro” para o retorno de Ismael Silva.

O impasse com a vereadora seria, para o Palácio, algo providencial, já que o “menino da Santa Maria” não conseguiu, até agora (segundo fontes), indicar cargos, nesta pasta tão robusta como é a Semec.


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