Franzé diz que petistas priorizam candidato próprio ao Senado; segunda vaga fica em aberto
Ex-presidente da Alepi afirma que PT precisa demonstrar força ante a insatisfação por assédio de bases.
O deputado estadual Franzé Silva (PT), questionado sobre a segunda vaga de senador em 2026, afirmou que seu partido prioriza uma candidatura própria. Ele mencionou a possibilidade de apoio a um dos outros dois candidatos da base, ou seja, Júlio César (PSD) e Marcelo Castro (MDB).
“Na realidade, estamos preocupados inicialmente com o voto do nosso senador”, disse o petista.
Baseado em “cálculos” e na “força”
O ex-presidente da Assembleia Legislativa do Piauí ainda afirmou que a decisão de manter uma candidatura ao Senado, em contrariedade à determinação do governador, é baseada no cálculo de transferência de votos. Franzé calcula que, somando os votos dos deputados estaduais e federais do PT, seria possível eleger o candidato do partido sem grandes esforços.
“Ontem fizemos uma conta rápida. Tivemos 457 mil votos dos deputados estaduais eleitos e 459 mil votos dos nossos federais eleitos, ou seja, temos mais de 900 mil votos. Dá certo se fidelizarmos um voto de senador a partir da bancada estadual e da bancada federal. Verificamos que, no pleito em que tivemos dois candidatos ao Senado, o mais votado obteve 890 mil votos. Então, temos hoje capacidade e votos, considerando a última eleição, para apresentar um nome não só competitivo, mas capaz de vencer a eleição e ocupar a vaga no Senado, que tanto o presidente Lula tem clamado”, explicou.
Franzé também afirmou que a questão é uma demonstração de força, já que, segundo ele, há grande insatisfação dos petistas com um suposto assédio às bases eleitorais. Apesar de não citar nomes, todos sabem que o recado é direcionado a Georgiano Neto (MDB) e Júlio César (PSD).
“Temos uma insatisfação muito grande por parte da bancada, pois hoje existe um assédio muito grande dentro dos votos do PT. O que precisamos é mostrar força, e força é voto, e o PT tem voto”, disse.
Georgiano respondeu
O deputado Georgiano Neto foi direto em sua resposta e disse que base eleitoral não se toma ou se assedia, como denunciou Franzé. Para Georgiano, base se conquista — e, se foi conquistada, é porque alguém se descuidou dela.
Reconciliação na família Soares
A família do ex-prefeito Firmino Filho passou por sucessivos abalos desde a sua morte. O mais recente ocorreu durante as eleições municipais de 2024. Um racha político-familiar começou com Bárbara Soares, a filha mais velha, declarando apoio a Fábio Novo (PT). Logo após, em entrevista à TV Lupa, Bárbara afirmou que aqueles que fizeram parte das gestões tucanas e aderiram ao governo não eram “firministas verdadeiros”.
Durante a campanha, Cristina Soares, a caçula, apoiou abertamente o adversário de Fábio, seu padrinho Silvio Mendes (União Brasil). Desde então, Cristina lançou sua pré-candidatura a deputada estadual, antagonizando a irmã, que está no exercício do mandato.
Agora, Bárbara Soares faz apelos públicos para que a irmã aceite a reconciliação e para que a família de Firmino supere as diferenças políticas e conviva novamente em paz.
“Nós queremos essa reconciliação, pretendemos. Sabemos que ela está passando por um momento difícil, ficar longe da família é ruim. Então, queremos realmente acolher ela dentro do seio familiar. Convivemos tanto tempo juntos e, de repente, paramos de nos falar. Isso machuca muito a gente, machuca muito a nossa família, machuca minha mãe, machuca meu irmão. Então, queremos realmente essa conciliação, independentemente de partido, independentemente se ela apoiar Silvio ou eu apoiar Rafael. Queremos paz no nosso âmbito familiar”, disse.
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