Coluna Política em Pauta

Júnior Santos

Charles Silveira diz deixar FMS por "desencontro administrativo", não por questão pessoal

Declaração contraria nota oficial da prefeitura, que afirmou o oposto.

19 de fevereiro de 2025 às 16:24
5 min de leitura

O ex-presidente da Fundação Municipal de Saúde, Charles Silveira, respondeu de forma contrária à nota oficial da Prefeitura de Teresina sobre sua exoneração. O breve comunicado divulgado pela Secretaria de Comunicação da Prefeitura afirmava que o professor deixou o cargo com base em preferências pessoais. No entanto, Charles é categórico ao afirmar que pediu demissão devido a "desencontros relativos a encaminhamentos administrativos". O gestor explica que, em uma situação de divergentes entendimentos, foi necessário prevalecer a decisão do prefeito.

Silvio Mendes e Charles Silveira. Foto: Lupa1.

A coluna, com base nessas informações, sugere que a exoneração, que pegou a todos de surpresa por se tratar de alguém muito próximo a Sílvio e absolutamente influente na estrutura administrativa, não foi tranquila, já que aconteceu a menos de 60 dias do início da gestão.

Confira a versão de Charles sobre a exoneração:

Comunico a minha exoneração do cargo de Presidente da Fundação Municipal de Saúde (FMS). A decisão foi motivada por um desencontro relativo a um encaminhamento administrativo, em que foi necessário prevalecer o entendimento do Prefeito Sílvio Mendes, eleito pela população de Teresina.

Continuo solidário e apoiador da gestão do Prefeito Sílvio Mendes. A FMS será gerida pelo Dr. Francisco Pádua, que assumirá interinamente a Presidência da FMS.

Recebi mensagens de agradecimento da equipe gestora da FMS, e devolvo os agradecimentos a todos, informando que cada ato foi dedicado ao bem-estar e à saúde da população que necessita do SUS.

Charles Silveira

Fim das chapinhas: as mais diversas reações

O fim das chapinhas proporcionais, recomendado pelo governador Rafael Fonteles (PT) à sua base para 2026, gerou diversas reações entre seus aliados políticos. O ex-deputado federal Fábio Abreu (PSD), que montou com sucesso a chapinha que elegeu o vereador Carpejanne Gomes pelo Podemos, afirma que, apesar da orientação, continuará a insistir nessa estratégia na sua tentativa de retornar à Câmara dos Deputados nas eleições do próximo ano.

Fábio AbreuMikeias di Mattos | Lupa1

O governador informou aos aliados que não vai proibir as chapinhas, mas que a ajuda administrativa será concentrada nos três maiores partidos da base – PT, PSD e MDB.

"Não, nada mudou. A gente continua da mesma forma. É óbvio que o governador fez aquela fala, mas a própria fala dele diz que não proíbe essa questão da chapinha, não. Apenas algumas situações em que a prioridade são para as chapas do PSD, MDB e PT. Mas ele mesmo já tem conversado e dito: se formar uma chapa competitiva, ninguém tem certeza, mas com perspectivas de eleger pelo menos um deputado federal, por que não tentar? Então a gente continua nessa mesma linha de ação, buscando nomes que sejam consistentes para uma votação intermediária, para que possamos, sem dúvida, eleger um deputado federal na chapinha. Então, continuamos com esse trabalho, mas ainda estamos longe do período eleitoral", afirmou.

O deputado Evaldo Gomes (Solidariedade), no entanto, foi menos enfático sobre continuar com o modelo de chapa. Evaldo afirmou que é momento de ter calma e que não há crise. Segundo ele, os três partidos da base são suficientes para sustentar as candidaturas.

Deputado estadual Evaldo Gomes - Foto: Laura Cardoso/ Lupa1

"A gente recebe com muita tranquilidade, não há por que ter crise. Eu acho até que o pleito está sendo antecipado, e o governador precisa de tranquilidade para governar. [...] Confiamos e acreditamos no governador também, porque achamos que ele é muito inteligente, muito sábio, veja por exemplo que ele é matemático, então acho que isso se resolve com muita conversa, com muito diálogo o ano inteiro, mantendo a estratégia, dialogando, conversando e mostrando para ele que em três etapas proporcionais – para deputado estadual e federal – cabe sim. Três partidos da base, porque acredito que teremos mais de 90 candidatos a deputados estaduais e mais de 60 candidatos a deputados federais", afirmou.

O presidente Enzo Samuel (PDT) também deve deixar o seu partido para se unir a uma dessas três siglas, conforme afirmou seu correligionário, o vereador Fernando Lima, que já declarou apoio à Draga Alana (PSD) para deputada estadual.

A OPINIÃO DOS NOSSOS COLUNISTAS NÃO REFLETE, NECESSARIAMENTE, A OPINIÃO DO PORTAL LUPA1 E DEMAIS VEÍCULOS DE COMUNICAÇÃO DO GRUPO LUPA1 .

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