Gustavo Almeida

Wilson admite conversas com Wellington, mas adesão ao governo não está definida

Contudo, ex-governador aponta que postura nacional do PSB favorece aliança com PT.

26 de março de 2021 às 12:10
3 min de leitura

O ex-governador Wilson Martins falou com exclusividade ao Lupa1 nesta sexta-feira (26). Presidente regional do PSB, ele falou sobre notícias divulgadas ao longo da semana dando conta que seu grupo político está com um pé na base aliada do governador Wellington Dias (PT), inclusive com pastas definidas para o PSB ocupar na gestão estadual.

Ex-governador Wilson Martins (Foto: Reprodução/Instagram)

Sem mandato desde 2014, quando deixou o Governo do Piauí, Wilson confirmou que está conversando com Wellington, mas deixou claro que até agora não há nada definido sobre aliança. Porém, citou um ponto que favorece o acordo com o PT no Piauí.

Segundo ele, será fundamental o alinhamento dos segmentos nacional e estaduais do partido, o que facilita possível relação com Wellington Dias. Em âmbito nacional, o PSB, partido de esquerda, é oposição ao governo federal e tem boa relação com o PT.

“O PSB abriu um leque de conversas com outros partidos. As regras atuais proíbem coligações proporcionais e isso dificulta muito para partidos menores ou que atravessam momentos adversos. Estamos analisando todas as vertentes e o ideal é que tenhamos condições de manter, aqui no Piauí, o PSB ativo nas próximas eleições de 2022. Neste caso, é fundamental o alinhamento dos segmentos nacional com os estaduais do partido. Este é um ponto que favorece possível relação com o partido do governador aqui em nosso estado. Estamos conversando”, explicou Wilson.

De acordo com ele, a pandemia do coronavírus tem atrasado a agenda de discussões do PSB. No Piauí, o partido tem um deputado estadual, quatro prefeitos e alguns vice-prefeitos, entre eles Robert Rios, vice-prefeito de Teresina. Wilson ponderou que em política tem-se eventuais adversários em cada eleição, mas sem afetar relações pessoais.

“Como militante nesta atividade, temos apenas, em cada eleição, eventuais adversários políticos, porém, relação fraterna e respeitosa com todos. Não há nada definido [sobre aliança]. Este processo exige paciência e muita conversa. Estão em jogo nossa história, as diretrizes, a sobrevivência partidária e, sobretudo, o que poderá ser melhor para o Piauí. Até aqui, nada de efetivo sobre se ligar a este ou aquele partido ou grupo político e, muito menos, sobre participação em qualquer que seja a esfera de governo”, garantiu.

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