Direto ao Ponto

O Piauí e suas cinco balas de prata - 4ª parte

“ Por mais longa que seja a caminhada, o mais importante é dar o primeiro passo “ – Vinicius de Moraes

31 de outubro de 2022 às 17:14
3 min de leitura

O setor mineral consiste na quarta bala de prata do arsenal piauiense. Ele tem, no entanto, características que o afastam de nossos governantes, especialmente quando ainda se encontra em fase muito embrionária (nosso caso).

O potencial do Piauí é considerável, apesar da limitada qualidade e da quantidade das informações disponíveis. Nossa maior riqueza constatada e em exploração, atualmente, está alicerçada nos minerais não metálicos. Aqui, nos referimos ao fosfato – com vasta ocorrência em 6 territórios de desenvolvimento do Estado e utilizado na agricultura – e também ao calcário – utilizado tanto no agronegócio quanto na construção civil.

Riquezas PiauiensesDivulgação/ Agência Brasil

Porém, nosso potencial se expande rumo aos minerais metálicos: cobre, níquel e ferro, dentre outros. Aqui, os investimentos são muito volumosos e exigem uma infraestrutura de transporte de grande contorno. O minério de ferro, por exemplo, demanda investimentos de alguns bilhões de dólares, gerando 3 mil empregos diretos e 40 mil indiretos. Dada a grandiosidade dos elementos envolvidos, o envolvimento do Governo Federal e da iniciativa privada seriam absolutamente fundamentais para o sucesso da citada empreitada. Evidentemente, estamos falando de projeto de longo prazo, com violento impacto junto as comunidades envolvidas. Um baita desafio !!

O níquel e o cobre exigem investimentos menores, porém também apresentam grandes possibilidades de geração de empregos. Aqui, ainda acumula-se carência de informações mais precisas e confiáveis sobre as reservas disponíveis. Faltam, logo, investimentos em pesquisas mais aprofundadas que melhorem as cartas geológicas do Piauí.

Atualmente, outras unidades federativas estão a frente de nosso Estado, diminuindo, desta forma, os chamados riscos geológicos para os empreendedores. Em consequência, é importante que o novo governo estadual avance em pesquisas minerais, fornecendo aos empreendedores privados, elementos que permitam a diminuição dos riscos e estimule investimentos privados em prospecções mais aprofundadas.

Trata-se de política de longo prazo. Normalmente, somos muito imediatistas. E isto nos torna menores. Os governantes – como disse Maquiável – procuram o poder a qualquer preço, apesar das aparências. E os não governantes querem obras que o beneficiem, no curto prazo. Neste contexto, lembrar Vinicius de Moraes e as longas caminhadas seria insanidade?

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