Direto ao Ponto

O Piauí e suas cinco balas de prata – 2ª Parte

Neste espaço, dedicaremos atenção a segunda destas “balas”: as energias eólica e solar.

14 de outubro de 2022 às 16:25
3 min de leitura

Continuando o artigo anterior, o Piauí conta com cinco balas de prata, atalhos para um crescimento rápido e harmônico. Neste espaço, dedicaremos atenção a segunda destas “balas”: as energias eólica e solar.

Estamos falando de uma revolução recente. O mérito aqui é totalmente privado. Eu era secretário de planejamento do Estado e acompanhei o governador Wilson Martins em reunião em São Paulo. A Casa dos Ventos era o nosso destino. E lá, ficamos sabendo que o Piauí tinha uma mina de ouro chamada energia eólica.

Nossa perplexidade foi total. Era a saída para regiões muito pobres. Muitos disseram que Jesus teve piedade e “soprou” ventos de compensação para alguns locais. Todos pensávamos que os ventos do litoral é que seriam apropriados para o setor. Mas a realidade não era essa.

Energia eólica.
Foto: Divulgação/Ari Versiani/PAC

Até poucos anos atrás, éramos importadores de energia elétrica. Hoje exportamos, várias vezes, o que consumimos. E tudo isso em menos de 10 anos. A energia solar também tem avançado de maneira notável, no Brasil e no Piauí. Quem diria isto a alguns anos atrás? Porém, também aqui, nem tudo são flores.

A produção energética só gera impostos no local de consumo. Assim, o governo piauiense não engorda seu caixa com a atividade. Ponto negativo.

Outro ponto preocupante refere-se ao emprego gerado; ele é insignificante, apesar da fase inicial de implantação dos parques (absolutamente transitória). Os aluguéis pagos pelos parques são incentivos insignificantes a economia local. Além disto, os investidores são todos “estrangeiros ao Piauí”. Desta forma, os lucros não revertem em novos investimentos no Estado.

Concluindo, cabe ao Estado “criar” formas para gerar o efeito multiplicador desta atividade, e, logo, beneficiar a população local. O desafio é grande e tal benefício não tem ocorrido em outros locais, com atividades similares. Como se observa, a “bala “é legal e o planeta agradece. Mas as populações que habitam nas proximidades dos parques precisam da irradiação destas energias renováveis. Te liga, Rafael.

Governador eleito Rafael Fonteles.Eduardo Amorim/Lupa1

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