A bagunça dos espaços públicos em Teresina
A capital está mergulhando na deterioração de espaços como a Avenida Frei Serafim.
A qualidade de vida nas maiores cidades é um tema inesgotável. A todo momento tem encontros, onde o assunto é colocado na mesa e debatido. Com frequência, a escassez de recursos para novos investimentos é usada para justificar o fracasso ou a lentidão com que problemas são enfrentados. Não restam dúvidas de que a desculpa, em parte, é correta. Porém, creio que a qualidade dos gestores é um fator ainda mais importante para a explicação do nível de mazelas enfrentadas pelas nossas maiores cidades.
Em nossa capital, por exemplo, observa-se atualmente, uma clara deterioração dos espaços públicos. Assim, por exemplo, na avenida Frei Serafim, principal artéria da cidade, há um grande número de barracas de camelôs ali instaladas, impedindo o trânsito dos pedestres nas calçadas.
Em várias praças e espaços públicos estão ocorrendo instalações de barracas onde se vende todos os tipos de mercadoria, especialmente alimentos. E tudo isto com ampla tolerância das autoridades municipais. A bagunça está se generalizando.
As dificuldades do mercado de trabalho não servem como justificativa para a inoperância das autoridades. O ex-prefeito Sílvio Mendes – justiça seja feita – enfrentou o problema com coragem, criando o Shopping popular da beira-rio.
O subemprego é uma das grandes mazelas vividas pela nossa sociedade, em especial a parcela mais sofrida da população. Porém não pode justificar o desrespeito ao sagrado espaço público.