Direto ao Ponto

Continuamos pobres, mas melhoramos

O IBGE acaba de divulgar novas e interessantes informações sobre a evolução das condições de vida no Brasil.

29 de agosto de 2023 às 08:20
2 min de leitura

O IBGE acaba de divulgar novas e interessantes informações sobre a evolução das condições de vida no Brasil. Com base na POF (Pesquisa de Orçamentos Familiares), o IBGE realizou estatísticas experimentais, afastando-se dos caminhos tradicionais para a interpretação das reais condições em que vivemos. Assim, por meio de aspectos multidimensionais e não monetários, foram analisados 50 indicadores divididos em 6 dimensões: moradia, acesso aos serviços de utilidade pública, saúde e alimentação, educação, acesso aos serviços financeiros, padrão de vida e, finalmente, transporte e lazer.

Pessoa em situação de pobreza. - Foto: Reprodução

Vamos às principais conclusões reveladas:

  1. Comparando o período 2008/9 com 2017/8, a pobreza no Brasil diminuiu consideravelmente em todas as regiões do país.
  2. A melhoria do padrão de vida observada foi mais significativa entre as famílias brancas do que entre as famílias negras. Isso resultou no aumento da disparidade racial.
  3. Outra conclusão da pesquisa refere-se à confirmação de que a pobreza em nosso país ainda está muito mais presente em áreas rurais do que urbanas.
  4. As informações relativas aos Estados brasileiros mostraram que a redução da pobreza no Piauí foi significativa e mais robusta do que a média do país. A pobreza diminuiu, porém, ainda enfrentamos grande carência. Há muito a ser feito.
  5. O Piauí, que costumava ser o Estado mais pobre do Nordeste, não ocupa mais essa posição. Atualmente, Maranhão e Alagoas assumiram essa triste estatística. Devemos nos consolar com isso? Eu não acredito.
  6. A discrepância nas condições de vida entre o Nordeste e outras regiões - Sudeste, Sul e Centro-Oeste - ainda é muito significativa. A distância entre os 9 Estados do Nordeste é muito menor em comparação com a diferença entre o Nordeste e o Sudeste, por exemplo. Em outras palavras, o Brasil continua sendo um dos países mais desiguais do planeta. Nossas disparidades regionais, que foram fortemente criticadas quando a Sudene foi criada na década de 70, permanecem altamente relevantes.
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