Novo presidente da Câmara dá primeiros sinais de enfrentamento ao governo Lula
Hugo Mota disse em entrevista que o 8 de janeiro não foi golpe e criticou o STF na condução do caso.
O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos), afirmou, em tom categórico, que os eventos de 8 de janeiro, marcados por atos de invasão e depredação do Congresso Nacional e o STF, não devem ser classificados como um golpe.
Presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos) - Foto: Reprodução/ Instagram
Motta, que foi entrevistado pela rádio Arapuan FM nesta sexta-feira (07), criticou a condução do inquérito pela Corte Constitucional e as penas aplicadas pelo ministro Alexandre de Moraes.
O novo presidente criticou o episódio, mas deixou clara a sua posição contrária ao que o governo de Lula afirma.
“O que aconteceu não pode se repetir. Foi uma agressão às instituições, algo inimaginável. Acho que ninguém esperava que aquilo pudesse ocorrer. Agora, querer chamar de golpe é exagero. Um golpe precisa de um líder, de alguém que o estimule, além do apoio de outras instituições, como as Forças Armadas. E isso não aconteceu,” afirmou Motta.
Sobre as punições aos responsáveis pelos atos de depredação, Hugo Motta criticou a condução do ministro Alexandre de Moraes e falou em desproporcionalidade das penas aplicadas.
“Os responsáveis pelos atos de depredação e violência devem, sim, ser punidos para evitar que algo semelhante aconteça novamente. Mas é fundamental que as penalidades sejam proporcionais, sem excessos contra aqueles que não cometeram crimes de maior gravidade,” afirmou.
As falas do presidente demonstram um tom de independência e até de contraposição ao governo e foram recebidas com indignação pelo alto escalão do executivo.
Veja trecho: