Fábio Novo fica emocionado ao comentar arquivamento de inquérito contra a Secult
Polícia Federal investigava o deputado e o ex-secretário de Cultura do Piauí, Carlos Anchieta, por desvios de recursos da Lei Aldir Blanc.
Em uma fala carregada de emoção, o deputado Fábio Novo (PT) falou sobre o arquivamento do inquérito da Polícia Federal que investigava ele e o ex-secretário de Cultura do Piauí, Carlos Anchieta, por desvios de recursos da Lei Aldir Blanc. O parlamentar se mostrou aliviado pela “verdade vir à tona”.
“Fizeram uma investigação para apurar a verdade. Eu queria que a verdade viesse à tona. E ela veio”, disse o deputado.
Fábio recordou ainda que, ao tomar conhecimento do inquérito, chegou a pedir para deixar o cargo de secretário de Cultura para que a investigação fosse conduzida de maneira independente, sem interferências.
De acordo com o deputado, o gesto de pedir para sair do cargo foi uma forma de garantir a seriedade da apuração, um movimento que visava garantir que tudo fosse feito com a máxima transparência possível. Para Fábio, quando a polícia ou qualquer outra autoridade constata que não há evidências substanciais, a única coisa a ser feita é o arquivamento do caso.
No entanto, o deputado não escondeu sua indignação com o que chamou de "intenção de condenar" que, segundo ele, esteve presente no processo. O trabalho da polícia deve, de acordo com o parlamentar, ser imparcial e focado em encontrar a verdade, não em perseguir agendas políticas.
"A intenção não era apurar a verdade, era condenar. Então, eu quero que dentro da polícia ou de outros lugares, não pode ter ideologia política. A gente precisa apurar a verdade”, acrescentou o deputado.
Provas ilícitas
Fábio também trouxe à tona a questão das provas ilícitas, referindo-se à decisão do desembargador Marcos Bastos, que declarou que as provas coletadas no caso não estavam em conformidade com a lei.
“Eu não quero isso para ninguém, nem para os meus adversários. Quero que todas as investigações sigam a lei”, disse o deputado.
Lembranças da família
Ao relembrar o sofrimento da família, especialmente o do pai, de 84 anos, Fábio Novo se emocionou ao falar da dor que foi ver o nome deles envolvidos em um processo que ele considera injusto.
“Eu não estou falando como candidato, mas como alguém que viu o nome de sua família sendo questionado de forma errada. Eu só queria que a justiça viesse à tona, e ela veio”, concluiu Fábio Novo.
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