Vereador do Maranhão é alvo de operação que investiga rachadinhas
Parlamentar e família integravam organização criminosa que realizava desvios de dinheiro.
Na manhã desta quarta-feira (13), o vereador Luís Umbelino Júnior (PSD), de São Luís (MA), é alvo de uma operação do Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas (GAECO) do Ministério Público do Estado do Maranhão.
A operação que foi deflagrada em São Luís e em Imperatriz, visa identificar pessoas com possível envolvimento em esquemas de "rachadinha". Até o momento, o Ministério Público cumpriu 15 mandados de busca e apreensão.
Oque é?
A chamada "rachadinha", é a prática de desviar o salário do assessor para o parlamentar ou secretário, por um acordo pré-estabelecido, ou como exigência para a atuação da função.
Investigação
Foram cumpridos mandados tanto na casa do parlamentar, quanto no gabinete do vereador na Câmara Municipal de São Luís. Segundo o Gaeco, existia uma organização criminosa liderada por Umbelino Júnior, para a realização dos desvios de salário dos servidores nomeados em seu gabinete.
Entre os envolvidos, diversos familiares e parentes do vereador estavam inclusos como, esposa, cunhado, e o sogro, que mora no Distrito Federal, localizado a 2,020.6 km de distância da cidade de São Luís. A organização criminosa também contava com apoio de terceiros para a concretização dos desvios, além de outros crimes como lavagem de capitais e falsidade ideológica.
O Ministério Público requereu a prisão preventiva de Joaquim Umbelino Ribeiro Júnior e mais três investigados, no entanto o pedido foi indeferido pela Vara Especial Colegiada dos Crimes Organizados. Até o momento, o vereador está sob medidas cautelares.
Os outros investigados foram afastados dos cargos , e foi autorizada a apreensão de bens e bloqueio de R$ 2.182,339,33 nas contas bancárias de todos os investigados.
A operação contou com o apoio dos promotores de justiça integrantes do Gaeco dos núcleos de São Luís, Imperatriz e Timon; das Polícias Civil e Militar do Maranhão e, ainda, dos promotores de justiça das comarcas de Açailândia, Chapadinha, Estreito e São Luís. A Coordenadoria de Assuntos Estratégicos e Inteligência (CAEI-MPMA) também auxiliou nos trabalhos.