Tatiana Medeiros teria feito compras e pesquisado passagens na prisão, diz relatório
Na filtragem da pesquisa de voos, Tatiana procurou um voo de Belo Horizonte para Teresina, no dia 27 de maio, para um passageiro adulto.
O relatório de extração de dados do celular encontrado na cela da vereadora Tatiana Medeiros, presa desde o dia 3 de abril por crimes eleitorais, apontou que a vereadora teria realizado compras em supermercado e livraria e pesquisado passagens de avião.
O aparelho, identificado como um modelo iPhone 16 Pro Max, foi encontrado no dia 20 de maio durante uma vistoria realizada pela polícia dentro da Sala de Estado-Maior que a parlamentar se encontrava presa, no Quartel do Comando Geral da Polícia Militar do Piauí.
A Polícia Federal, que ficou responsável por extrair os dados do celular encontrado na cela da vereadora, declarou em um relatório sobre a extração que Tatiana teria feito uma compra de mais de R$ 500 reais em supermercado da capital.
A compra seria destinada a um endereço que não foi identificado.
Tatiana também teria realizado a compra de um livro chamado "Campo de Batalha da Mente". A vereadora entrou em contato com a livraria, se informou sobre o livro e, em seguida, mandou o endereço ao qual devia ser entregue e o pagamento por transferência PIX.

Utilizando a sua própria conta bancária, Tatiana realizou uma transferência PIX no valor de R$ 65 à livraria, sendo R$ 50 referente ao livro e R$ 15 referente à taxa de entrega, que seria realizada no Bairro Santa Isabel, localizado na zona Leste de Teresina.

Além das compras, a parlamentar também teria procurado passagens aéreas de Belo Horizonte (MG) para a cidade de Teresina, capital do Piauí. Para a procura de voos, a detida teria procurado passagens para o dia 27 de maio para uma pessoa adulta.
Alandison Cardoso, apontado como parceiro da vereadora, está preso desde o mês de novembro de 2024 na cidade de Belo Horizonte, em Minas Gerais.
Relatório aponta que celular encontrado com Tatiana Medeiros foi entregue por advogado
A mãe de Tatiana Medeiros, Maria Odélia Medeiros, declarou à Corregedoria da Polícia Militar do Piauí que ela teria entregado o aparelho para a vereadora, visto que ela tinha problemas psicológicos e poderia usar para entrar em contato com a mãe em situações de emergência.
A declaração da mãe foi diferente da declaração dada pela vereadora, que afirmou que o aparelho teria sido entregue por um advogado.
Para uma melhor apuração do caso, a Polícia Federal utilizou de vários fatores para descobrir quem teria entregado o celular à parlamentar, investigando as mensagens do WhatsApp e a lista de visitas que a vereadora recebia.
A investigação realizada pela PF apontou que a primeira interação da vereadora no WhatsApp aconteceu às 17h44 do dia 7 de abril, mesmo dia em que ela teria recebido a visita de um advogado.
Levando em consideração a declaração da mãe da vereadora, a polícia também investigou as datas em que Maria Odélia teria visitado a filha. A lista apontou que a mãe teria visitado a filha nos dias 5 e 6 de abril.