Polícia

Secretária-Geral da Caapi-OAB, candidata na chapa de Raimundo Júnior, é denunciada por assédio moral

Vítimas são três funcionárias do órgão, que se sentem perseguidas pela secretária-geral, a advogada Ravennya Moreira.

28 de novembro de 2024 às 14:58
5 min de leitura

Um caso rumoroso de suposto assédio moral já foi parar na polícia, após abertura de sindicância interna instaurada pela presidência da OAB Piauí.

Advogada Ravennya Moreira - Foto: Reprodução

A CAAPI é a caixa de assistência dos advogados e funciona com uma relativa independência dentro da OAB, contudo é parte integrante da entidade.

Três funcionárias do órgão, Ivonete Maria Silva Ferreira, Nildeia Rodrigues de Freitas e Cleane Santana e Silva, acusam a atual secretária-geral, advogada Ravennya Moreira, de promover uma sequência de atos considerados como assédio moral, constrangimento ilegal e outros crimes previstos em lei, contra as três, desde 2023.

O pedido de sindicância só foi protocolado agora em novembro porque, segundo as funcionárias, o clima ficou ainda mais tenso com a instauração do período eleitoral. A advogada é a atual secretária-geral da CAAPI e concorre ao mesmo cargo pela chama encabeçada pelo advogado Raimundo Júnior.

Advogada Ravennya Moreira - Foto: Reprodução

No pedido de sindicância, as funcionárias narram alguns detalhes que levam à conclusão do cometimento dos crimes:

IVONETE - me acusou de estar tomando decisões que não são de minhas atribuições, isso em 2023 e em 2024 notificou o Presidente da CAAPI, onde ela se dirigiu a mim como "USUPARDORA";

NILDÉIA - em várias ocasiões, ela se dirigiu à minha pessoa com autoritarismo, sempre me tratou de forma intimidadora, com abuso de poder;

CLEANE - em várias ocasiões, ela se dirigiu à minha pessoa com autoritarismo, sempre me tratou de forma intimidadora, com abuso de poder;

Sendo que tudo isso aconteceu dentro das dependências da CAAPI.

Veja a íntegra do pedido de sindicância:

CamScanner 19-11-2024 14.09-1-2.pdf

As funcionárias alegam perseguição sistemática e ameaças claras de demissão, caso, segundo elas, Raimundo Júnior venha a vencer as eleições.

No último dia 19, as três funcionárias decidiram avançar e registraram Boletins de Ocorrência contra Ravennya.

Os relatos são fortes. Os relatos dão conta de surtos emocionais e até desmaios por conta das atitudes da advogada. O caso é muito grave e também já está no Ministério Público do Trabalho.

Veja os BOs:

CamScanner 19-11-2024 14.09-3-8.pdf

Advogada Ravennya Moreira divulgou nota sobre o caso, confira:

A secretária-geral da CAAPI, a advogada Ravennya Moreira, afirma que ficou surpresa com as acusações de que estaria praticando assédio moral contra funcionários da entidade. Segundo ela, as acusações têm cunho meramente eleitoreiras com vistas a beneficiar a chapa da situação.

As reclamantes, que não foram capazes de comprovar qualquer forma de assédio moral, aproveitaram o período eleitoral para pedir sindicância dos atos, que segundo elas acontecem desde o ano passado, mas sem apresentar as provas cabíveis ao caso, limitando-se a depoimentos tendenciosos para macular a imagem da advogada e atingir o seu grupo.

Ademais, causa estranheza o Portal Lupa 1 ter acesso a documentos da sindicância, que representam atos e processos sigilosos, antes mesmo da notificação da acusada. Publicizar um procedimento que deveria tramitar em caráter sigiloso, investigativo e não punitivo, destinado a apurar as denúncias, revela os interesses escusos por trás de tal ato.

A advogada Ravennya Moreira repudia as denúncias infundadas e a divulgação da matéria tendenciosa, caluniosa e parcial, sem o direito de defesa da acusada, que não foi sequer procurada pela reportagem para se manifestar, desvirtuando o papel da imprensa de bem informar e ignorando os princípios éticos básicos do jornalismo.

Ao tempo que reafirma seu compromisso inegociável com a verdade e o respeito, a profissional se coloca à disposição das autoridades para prestar todos os esclarecimentos.

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