Polícia

​Motorista invade barreira, discute com garis e dá tapa no rosto de mulher em Teresina

Homem ainda avançou com o carro sobre o pé de uma das trabalhadoras e foi preso em flagrante

06 de fevereiro de 2025 às 23:05
2 min de leitura

Um motorista, ainda não identificado, proferiu xingamentos contra trabalhadoras da limpeza pública de Teresina e agrediu uma delas com um tapa no rosto. Segundo as vítimas, o homem invadiu a barreira que interditava a via para a realização de uma limpeza na região do Cemitério São José, na zona Norte da capital.

Motorista xinga e agride gari em Teresina- Foto: TV Lupa1

Em entrevista à TV Lupa1, Éricka Dayane, vítima da agressão, contou que o homem atravessou os cones que interditavam o local para evitar a passagem de veículos e pedestres. Segundo Éricka, ele tentou atropelar suas colegas de trabalho, e, ao tentar dialogar com ele, a situação evoluiu para uma discussão, culminando na agressão.

“Eu conversei com ele, falei que não poderia passar porque a rua estava interditada, tinha muito lixo, e a gente estava trabalhando. Chegamos às 7h20 para retirar todo o lixo que estava lá, e ele o tempo todo acelerando o carro. Expliquei que aquele cone sairia do nosso bolso e que ele não poderia passar ali. Foi quando ele me deu um tapa no rosto. Desmaiei na hora, e as meninas me ajudaram”, relatou Éricka.

Ainda segundo o relato, no momento em que o motorista tentou sair do local, equipes da ROCAM estavam passando e conseguiram prendê-lo em flagrante.

Éricka afirmou que se sentiu humilhada, pois estava apenas exercendo seu trabalho.

A advogada das garis informou que o agressor pode ser enquadrado por lesão corporal leve, com pena de até quatro anos de prisão, além do crime de injúria.

“Estamos tentando enquadrar o caso como lesão corporal pelo fato de as vítimas serem mulheres. Entendemos que elas já estavam em uma situação de vulnerabilidade devido à natureza do trabalho, que infelizmente não recebe o devido reconhecimento da sociedade. Acreditamos que o agressor agiu dessa forma justamente por se tratar de mulheres. Por isso, estamos buscando encaminhar o caso para a Delegacia da Mulher”, explicou a advogada.

Ao avançar pelos cones, o motorista ainda passou por cima do pé de Charlene da Conceição, que também trabalhava no local. O grupo registrou um boletim de ocorrência e se dirigiu ao Instituto Médico Legal (IML) para a realização do exame de corpo de delito.

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