Celular e tablet encontrados com Tatiana Medeiros foram entregues por advogado, diz PM
Celas utilizadas são improvisadas e adaptadas dentro do QCG para cumprimento das decisões.
Durante vistoria de rotina realizada nesta terça-feira (20), policiais do Quartel do Comando-Geral da Polícia Militar do Piauí (QCG) localizaram um celular e um tablet na sala de Estado Maior onde encontra-se presa, por determinação judicial, a vereadora de Teresina Tatiana Medeiros.
A vistoria é realizada diariamente nas salas destinadas a presos com prerrogativas legais, como advogados e autoridades, conforme determinações judiciais. As celas utilizadas são improvisadas e adaptadas dentro do QCG para cumprimento das decisões.
Ao ser questionada, a vereadora confessou estar de posse dos equipamentos e informou que os mesmos teriam sido entregues por seu advogado.
A Polícia Militar do Piauí reforça seu compromisso com o cumprimento da legalidade e a fiscalização permanente nas dependências sob sua responsabilidade, comunicando o fato às autoridades competentes para as providências cabíveis.
Prisão da vereadora
Tatiana foi presa durante a segunda fase da Operação Escudo Eleitoral, coordenada pela Polícia Federal, que investiga o uso de uma ONG ligada à vereadora para movimentação de verbas públicas com indícios de desvio.
A denúncia original também aponta conexão com financiamento irregular de campanha.
Apesar do silêncio da defesa sobre o novo episódio, o acúmulo de acontecimentos envolvendo o nome de Tatiana Medeiros já começa a provocar reações dentro e fora do ambiente político.
Entre integrantes do Judiciário e da própria Câmara Municipal, há a percepção de que o caso ultrapassa o campo penal individual e passa a simbolizar um desgaste institucional.
O uso indevido de dispositivos eletrônicos em ambientes de custódia é uma infração grave, especialmente quando praticado por agentes públicos.
O episódio lança nova sombra sobre o sistema de prerrogativas estendido a políticos presos e expõe fragilidades do controle carcerário especial.
Enquanto isso, o Tribunal Regional Eleitoral do Piauí (TRE-PI) avalia os desdobramentos para eventual declaração de vacância do cargo na Câmara.
A instabilidade permanece, e a crise política provocada pela prisão da vereadora ganha novos contornos a cada semana.