Acusado de matar técnico em radiologia em Teresina é condenado a 17 anos de prisão
Em declaração exclusiva à TV Lupa1, Thayna Martins, irmã da vítima, contou que o acusado não demonstrou arrependimento durante o julgamento.
Após quase seis anos de espera marcada por dor e incerteza, a família do técnico em radiologia Kleiton Ângelo Guedes Martins viu um dos responsáveis pelo assassinato da vítima ser condenado. Juniel Sousa Silva Lima foi sentenciado a 17 anos e 6 meses de prisão, em regime fechado, pelo crime cometido em 11 de dezembro de 2019, na localidade Taboca do Pau Ferrado, zona rural de Teresina.
Kleiton foi executado comnove tiros de pistola calibre .40, após ter sido atraído com a desculpa de uma negociação de um colar de ouro. O Ministério Público apontou que a vítima teria desistido de um suposto plano de contratar pistoleiros, e que isso motivou o crime, ligado a uma dívida de R$ 6 mil com os acusados. Mesmo assim, a família sempre sustentou que o jovem foienganado e emboscado.
Durante o processo, Juniel chegou a confessar em depoimento que levou Kleiton até o local do crime e o deixou com o outro acusado, Antônio Paulo de Oliveira. Contudo, tentou anular a confissão posteriormente.
Em declaração exclusiva àTV Lupa1, Thayna Martins, irmã de Kleiton, relatou que esse foi o momento mais aguardado pela família nesses anos de muita dor e sofrimento. Segundo ela, o acusado não expressou nenhum remorso no momento do julgamento.
Esse foi o momento mais aguardado nesses anos de muita dor, muito sofrimento para a nossa família. Essa ‘Justiça’ que tanto se fala dentro da nossa sociedade não vai trazer o Kleiton de volta. O Kleiton alegre, o Kleiton vivo, o Kleiton que era a razão da nossa casa, da nossa família, mas ajuda a acalmar o nosso coração diante de tanta dor, de tanto desespero. Com fé em Deus ele vai direto para o presídio", falou a irmã da vítima.
Que lá ele possa repensar sobre tanta crueldade. Lá dentro ele não esboça nenhum sentimento de arrependimento. Ele já sabia que a causa era ganha para nós. A família ansiava por justiça, uma justiça que não vai trazer o Kleiton de volta, mas que vai amenizar a nossa dor, disse.
A prisão de Juniel ocorreu emSão Paulo, por volta das 16h do dia 13 de maio deste ano, quase seis anos após o crime. A Polícia Civil do Piauí, por meio do Departamento de Homicídio e Proteção à Pessoa (DHPP), foi responsável pelas investigações que levaram à identificação e captura dos envolvidos.
Na época do crime, a vítima trabalhava como técnico em radiologia no Hospital Getúlio Vargas (HGV). Ele também era filho de um ex-cinegrafista de uma emissora local.