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Município de São João do Piauí pode ser multado após descartar lixo em terreno

MP-PI determina que realize a destinação ambientalmente correta dos resíduos sólidos.

25 de abril de 2024 às 09:57
3 min de leitura

A Vara Única da Comarca de São João do Piauí atendeu aos 19 pedidos feitos pelo Ministério Público do Piauí (MPPI) para que o município realize a destinação ambientalmente correta dos resíduos sólidos que eram depositados em um terreno, nas proximidades do centro de São João do Piauí. A inicial foi apresentada ao judiciário em 2014.

São João do Piauí - Foto: Divulgação

O Ministério Público apontou que foi realizada uma perícia ambiental no local, em agosto de 2014, e atestou poluição do meio ambiente, camadas de solo passíveis de contaminação e queimadas de resíduos sólidos além da área destinada. O terreno era usado como depósito do lixo coletado.

Além disso, a perícia encontrou vários tipos de resíduos sólidos, inclusive, oriundos de hospitais. A Justiça determinou que o município de São João do Piauí deve adotar medidas como:

  • Realização do tratamento e a destinação final dos resíduos sólidos hospitalares (lixo hospitalar) em aparelhos de esterilização (autoclaves);
  • Delimitação e cercamento da área do lixão/aterro, inclusive com instalação de porteira e cadeado, no prazo de 10 dias, controlando a entrada de resíduos;
  • Regulamentação imediata das descargas de lixo, concentrando-as em uma única frente de trabalho e procedendo sua cobertura diária com terra.

Risco de multa

O juiz Ermano Martins fixou multa de 10 mil reais para cada mês de atraso na implantação das ações determinadas na decisão judicial. O cumprimento da decisão judicial será acompanhado pela 2ª Promotoria de Justiça de São Raimundo Nonato, que tem hoje o promotor Jorge Pessoa como o titular.

Projeto de aterro

A Vara Única da Comarca determinou, ainda, que a gestão municipal de São João do Piauí deverá iniciar a execução do projeto de aterro sanitário elaborado para a disposição final dos resíduos sólidos.

Além disso, deve deflagrar um processo de licenciamento ambiental e cumprir todos os prazos estipulados pela Secretaria de Estado do Meio Ambiente e Recursos Hídricos do Piauí (SEMAR).

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