Polícia Civil deflagra segunda fase de operação que investiga fraudes em licitações
A Polícia Civil, por meio da Delegacia de Barra do Garças (520 km de Cuiabá), deflagrou, nesta sexta-feira (23.5),a segunda fase da Operação Cenário Montado, que expôs um complexo esquema de fraudes em licitações envolvendo prefeituras da região.
A Polícia Civil, por meio da Delegacia de Barra do Garças (520 km de Cuiabá), deflagrou, nesta sexta-feira (23.5),a segunda fase da Operação Cenário Montado, que expôs um complexo esquema de fraudes em licitações envolvendo prefeituras da região.
As investigações identificaram a atuação de um grupo econômico familiar que teria manipulado processos licitatórios em benefício próprio, gerando prejuízos milionários aos cofres públicos.
De acordo com o delegado Pablo Borges Rigo, que está à frente das investigações, o grupo utilizava empresas de fachada para simular concorrência em licitações públicas na área de produções de eventos.
Documentos falsificados, orçamentos fictícios e alinhamento entre as empresas participantes eram os principais métodos empregados. A fraude permitia que contratos fossem direcionados para companhias ligadas ao esquema, com valores superfaturados e condições predeterminadas.
Nesta fase da operação, foram cumpridos quatro mandados de busca e apreensão em imóveis residenciais e comerciais associados a um dos investigados. As autoridades apreenderam documentos, dispositivos eletrônicos e registros financeiros que corroboram os indícios de irregularidades. Uma Toyota SW4 Hillux também foi apreendida.
O material sugere que o grupo agia de forma coordenada e que as práticas ilícitas permaneciam em operação, mesmo após o encerramento formal de algumas das empresas envolvidas.
O esquema, que estaria ativo há, pelo menos, três anos, movimentou milhões de reais. Nesta fase da operação também foram sequestrados valores em contas que ultrapassam R$ 21 milhões. Entre os crimes investigados estão associação criminosa, fraude em licitação, falsidade ideológica e lavagem de dinheiro, cujas penas somadas podem ultrapassar 15 anos de reclusão.
“A operação tem como objetivo garantir a transparência e a competitividade nos processos de contratação pública, além de recuperar valores desviados e responsabilizar os envolvidos”, destacou Pablo Borges Rigo.
Fonte: Secom MT