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Justiça suspende eleições do Sintetro por indícios de fraude eleitoral

Dos 1029 votos apurados, 414 deles, que foram distribuídos em sete urnas, foi constatado assinaturas fraudulentas.

17 de dezembro de 2021 às 14:28
2 min de leitura

O Tribunal Regional do Trabalho (TRT), decidiu suspender a eleição e posse da Chapa 1 do Sindicato dos Trabalhadores de Empresas de Transporte Rodoviário do Piauí (Sintetro) após forte indício de fraude eleitoral. O pleito eleitoral está suspenso até que seja analisada as cédulas e assinaturas da votação. A decisão é desta quinta-feira (16).

Na noite da última terça-feira (14), ocorreu um tumulto durante eleições do Sintetro. A Chapa 02 alegou que houve fraude nas eleições, praticada por membros da Chapa 01, que venceu com o total de 721 votos, enquanto a Chapa 02 ficou com 290 votos.

A votação foi realizada através de urnas, que ao saírem do sindicato são acompanhadas com lista dos votantes, ata para anotações, e os respectivos membros que formam a mesa coletora, sendo eles: presidente, mesário 01 e mesário 02. O presidente da mesa é nomeado pelo Sintetro e os demais mesários foram nomeados pela Chapa 01 e Chapa 02, e tem como função conferir as documentações dos votantes e assinar as respectivas cédulas de votação.

Membros da chapa 02 alegam que em diversas cédulas de votação constava a assinatura de pessoas diferentes daquelas nomeadas como presidente e mesário para cada urna. Houve também denuncia de que um mesmo nome aparecia nas cédulas de votação de diferentes urnas, atuando como presidente e mesário em diversas urnas ao longo do dia, o que seria impossível.

Dos 1.029 votos apurados, 414 deles, que foram distribuídos em sete urnas, foi constatado assinaturas fraudulentas. De acordo com o representante da Chapa 02, Renato Pacheco, as 414 cédulas foram assinadas por Antônio José, que foi presidente de mesa em 70% das urnas, e nenhum representante da Comissão Eleitoral ou das chapas sabiam informar quem seria esta pessoa.

A decisão de suspender a eleição é do juiz titular da Vara do Trabalho, João uiz Rocha do Nascimento. As urnas estão em posse do Ministério Público (MP) que irá analisar cédulas e assinaturas afim de comprovar possíveis fraudes. A procuradora Maria Helena está tomando conta do caso.

Confira a decisão na íntegra:

decisão liminar.pdf

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