Eleições 2022

Cientista político explica polarização entre Rafael Fonteles e Sílvio Mendes

O cientista político Joscimar Silva concedeu entrevista exclusiva ao Lupa1 explicando especificidades destas eleições.

01 de outubro de 2022 às 11:50
2 min de leitura

As eleições de 2022 começam neste domingo (02). Nesta primeira etapa, os eleitores devem votar para deputado estadual, deputado federal, senador, governador e presidente, respectivamente. No Piauí, ao longo da disputa, foi possível perceber algumas especificidades da campanha eleitoral, se compararmos com eleições anteriores e de outros estados, principalmente em relação aos candidatos que aparecem à frente nas pesquisas para governador.

Ao Lupa1, o cientista político Joscimar Silva explica que os dois representantes partidários com maiores porcentagens, Rafael Fonteles (PT) e Sílvio Mendes (União Brasil), são duas figuras políticas que não eram tão conhecidas pelo grande público. Segundo ele, nas disputas estaduais é comum que os candidatos já sejam lideranças tradicionais, o que os diferencia de outros pleiteantes.

Joscimar Silva - Cientista Político e Professor da UespiAcervo Pessoal

“Sílvio Mendes é conhecido apenas em Teresina, região metropolitana. Em relação a Fonteles, ele era pouco conhecido, inclusive, aqui na capital. Isso de certa forma afetou/atrasou a campanha, e fez com que esse eleitorado fosse conquistado no momento da corrida eleitoral. Portanto, ainda temos um número de indecisos”.


Especificidades de campanha para presidente da República

Além das diferenças que permeiam as eleições para governador do Piauí, a corrida eleitoral para presidente da República também apresenta algumas especificidades. De acordo com o especialista, nas eleições de 2022 temos um contexto único na história política democrática brasileira, dois candidatos já ocuparam a cadeira presidencial.

“Dessa forma, como são candidatos extremamente conhecidos do eleitorado, esses candidatos já começaram, antes mesmo do início oficial da campanha, com maiores proporções de intenções de voto. Ou seja, candidatos que o público já tinha tomado a sua decisão”.

Conforme Joscimar, essa especificidade impediu o crescimento de uma terceira via, que em eleições anteriores chegaram a ter 20% dos votos, e nessas eleições não conseguem chegar a 10%.

“Esses candidatos, além de Lula e Bolsonaro, ficaram fora desse crescimento, dada a grande visibilidade e grande conhecimento que o eleitorado já tinha em relação aos dois principais candidatos”, finaliza.


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