“Bancada do PT dá menos trabalho ao prefeito do que sua base”, diz Joaquim do Arroz
Vereador também afirmou que Silvio Mendes (União) tentou barra na Câmara a CPI da Águas de Teresina proposta por Petrus Evelyn (PP).
O vereador Joaquim do Arroz (PT) afirmou, em entrevista, que, em sua avaliação, a base de Silvio Mendes (União Brasil) na Câmara Municipal de Teresina dá muito mais trabalho e dores de cabeça ao prefeito do que a bancada do Partido dos Trabalhadores. Joaquim foi o mais votado do seu partido e um dos primeiros a manter diálogo com Silvio.
“Se analisarmos os primeiros passos do parlamento neste início de ano, o bloco do prefeito tem dado muito mais trabalho a ele do que o PT. O PT está mais observador, é uma oposição mais organizada e reflexiva do que o próprio bloco do prefeito. Todos os movimentos feitos até agora partiram do bloco do prefeito”, declarou.
Joaquim também afirmou que o prefeito Silvio Mendes teria supostamente atuado nos bastidores para barrar a CPI da Águas de Teresina, proposta por seu aliado, o vereador Petrus Evelyn (Progressistas). Segundo o petista, o prefeito agiu na Câmara por meio de seu líder, Bruno Vilarinho (PRD), que não teria conseguido impedir o avanço da instauração da comissão.
“O prefeito não queria a CPI da Águas de Teresina, e o Petrus, que é do bloco do prefeito, foi quem a indicou. Então, acredito que, inclusive, o próprio líder do prefeito tentou barrá-la, mas não conseguiu. Era uma orientação da prefeitura. Ele [o prefeito] acha que não é o momento”, afirmou.
O outro lado
Citado na entrevista de Joaquim, o líder do prefeito, Bruno Vilarinho, se manifestou em resposta. Ele negou qualquer tentativa de barrar a CPI e fez questão de ressaltar que, pelo contrário, é favorável ao amplo debate sobre o tema.
“Eu nunca trabalhei para barrar a CPI. Inclusive, tenho um bom diálogo com todos os colegas da Casa. Acredito que essa discussão sobre a Águas de Teresina deve mesmo acontecer aqui, porque a população teresinense precisa que essa questão seja resolvida. Há dificuldades enfrentadas pelos cidadãos que precisam ser debatidas”, respondeu.
Sem problemas com Edson Ferreira
O deputado estadual Hélio Isaías (PT) afirmou que não se preocupa com a possibilidade de retorno do ex-deputado Edson Ferreira ao parlamento estadual. Hélio destacou que, dos seis mandatos que exerceu na Assembleia Legislativa do Piauí (Alepi), quatro foram ao lado de Edson e que apesar da histórica rivalidade, a coexistência política é possível.
“Eu tenho seis mandatos como deputado estadual, e em quatro deles convivi com o deputado Edson Ferreira, um grande amigo e colega que contribuiu muito para nossa região e ajudou bastante o estado. Sempre tive uma boa relação com ele, de respeito. Tivemos divergências de opinião, claro, pois ele sempre esteve de um lado e eu de outro, mas nunca houve qualquer tipo de problema, pelo contrário”, argumentou.
Edson ser candidato em 2026 é fruto de um acordo do senador Marcelo Castro (MDB) com a família Ferreira, que apoiou seu sobrinho Rogério Castro (MDB), na eleição vitoriosa para prefeito de São Raimundo Nonato. Em contrapartida, a família contaria com apoio de Marcelo no retorno de Edson à Alepi. Fontes da região no entanto, avaliam que o entendimento que levou o ex-deputado a deixar a política seguem firmes e que essas convições podem impedir a candidatura. É esperar pra ver...
Dança das cadeiras do PT na Alepi
Após uma reunião com o governador Rafael Fonteles (PT), a bancada do Partido dos Trabalhadores tomou algumas decisões sobre a organização no parlamento estadual. O deputado Dr. Vinícius deve continuar como líder do governo na Alepi, mas, para isso, abrirá mão de compor a mesa diretora da Casa como segundo vice-presidente. Para essa posição, os petistas pretendem indicar o deputado de primeiro mandato Rubens Vieira (PT). O líder da bancada petista segue sendo o veterano Hélio Isaías (PT).
A OPINIÃO DOS NOSSOS COLUNISTAS NÃO REFLETE, NECESSARIAMENTE, A OPINIÃO DO PORTAL LUPA1 E DEMAIS VEÍCULOS DE COMUNICAÇÃO DO GRUPO LUPA1 .