Coluna Política em Pauta

Júnior Santos

Edson Melo deixa o PSDB após 33 anos para comandar o União Brasil em Teresina

Vereador exerceu sete mandatos pelo PSDB e decidiu não disputar a reeleição em 2024 após a aliança do partido com o PT.

27 de novembro de 2024 às 21:00
3 min de leitura

O vereador Edson Melo, após 33 anos de filiação ao PSDB, deixará o partido para assumir o comando da instância municipal do União Brasil, partido liderado pelo prefeito eleito de Teresina, Silvio Mendes. A decisão de Edson é motivada, entre outros fatores, pela aliança que o PSDB firmou com o PT nas eleições de 2024, um movimento que ele considera contrário aos princípios que o partido historicamente defendeu.

Vereador Edson MeloLaura Cardoso/Lupa1

"Sou praticamente um dos fundadores do partido aqui em Teresina, junto com Wall Ferraz, Chagas Rodrigues e outros nomes importantes no Piauí. Agora chegou o momento de encerrar este ciclo e iniciar uma nova trajetória política. No meu entendimento, o PSDB se desvirtuou ao se aliar ao PT em Teresina, algo que não nos agradou. Fui convidado pelo Dr. Silvio e decidi aceitar o convite. Resta apenas definir as datas para a desfiliação do PSDB, incluindo minha renúncia ao diretório municipal, para que eu possa assumir minha nova jornada no União Brasil”, afirmou Edson.

O diretório municipal do União Brasil ficará sob a liderança de Edson Melo, após convite do prefeito eleito Silvio Mendes, que reforçou não ter perfil para atuar como gerente partidário.

38 anos de vida pública

Édson Melo e Wall Ferraz. Foto: Arquivo Pessoa.

Edson Melo foi lançado na política pelo maior líder político de Teresina em sua história, o ex-prefeito Raimundo Wall Ferraz. Durante a gestão de Wall, Edson foi secretário de Transportes e, em 1988, disputou sua primeira eleição pelo PMDB. Se filiou ao PSDB em 1991 e foi eleito em 92 já pela sigla tucana.

Presidiu a Câmara Municipal em duas ocasiões, nos períodos de 1993-1994 e 1997-1998. Com 38 anos de vida pública e oito mandatos como vereador, Edson só esteve ausente do Legislativo em 2004, quando optou por não concorrer. Desde o início de sua carreira parlamentar, jamais perdeu uma eleição e, exceto em 2020, sempre esteve alinhado com os grupos políticos vitoriosos na capital.

Em 2024, Edson decidiu não se candidatar às eleições municipais e apoiou o vereador Aluísio Sampaio (PP). Fiel apoiador de Silvio durante a campanha, Edson não foi anunciado para comandar cargos de primeiro escalão na futura gestão do prefeito eleito. Contudo, é cotado para assumir a presidência da Arsete - caso o atual gestor, Adolfo Nunes, renuncie.

A OPINIÃO DOS NOSSOS COLUNISTAS NÃO REFLETE, NECESSARIAMENTE, A OPINIÃO DO PORTAL LUPA1 E DEMAIS VEÍCULOS DE COMUNICAÇÃO DO GRUPO LUPA1 .

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