Piauí em números

Três de cada dez vagas de trabalho criadas neste ano no Piauí estão no setor de serviços

Resultado colocou o estado em destaque nacional, na geração de empregos formais.

01 de setembro de 2023 às 19:13
4 min de leitura

Mesmo ainda não tendo se recuperado totalmente do período pandêmico, da Covid-19, o setor de serviços continua sendo a principal mola que impulsiona a economia piauiense. Responsável por quase 80% do Produto Interno Bruto (PIB), ou seja, toda a riqueza produzida, a área foi responsável por três de cada dez novas vagas de empregos formais criados esse ano no Piauí.

Carteira de Trabalho Digital - Foto: Marcelo Camargo/ Agência Brasil

Dados do Caged, que é o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados, do Ministério do Trabalho e Emprego, mostram que, de janeiro a julho, o Piauí criou exatos 16.404 vagas de emprego com carteira assinada, dessas 31% foram no setor de serviços. Esse percentual representou mais de 5.097 novas vagas no setor.

E 1,5 mil dessas vagas foram garantidas somente no mês de julho. Elas representaram quase a metade do total de vagas criadas neste mês, que foi de 3.729 novos postos de trabalho formais, considerando o quantitativo de contratações e demissões. Na verdade, esse foi o melhor resultado mensal de 2023, de acordo com o levantamento do Caged.

O resultado colocou o Piauí em destaque nacional, na geração de empregos formais, tendo em vista que foi o quinto mês consecutivo que o Estado conquistou o 1º lugar no Nordeste. O crescimento em relação aos empregos gerados em junho foi de 1,14%, quase o dobro dos 0,78% da Paraíba, o segundo estado do Nordeste que mais gerou postos de trabalho em julho.

Carteira de Trabalho digitalAnna Flávia/Lupa1

“Esse desempenho é resultado de boa estabilidade econômica do estado e de políticas de incentivo à geração de empregos, o que impacta diretamente na criação de novos postos de trabalho formais”, avalia Diarlison Costa, diretor de Estudos Econômicos da CEPRO, da Secretaria de Planejamento do Estado. Na média, um emprego formal foi criado no Piauí a cada 20 minutos esse ano.

Em nível nacional, o Piauí ocupa o 2º lugar na geração de empregos formais, atrás apenas do estado do Amapá, que registrou crescimento de 1,27% no saldo de postos de trabalho em julho. No acumulado do ano, o Piauí saiu da 5ª posição em junho, com crescimento de 4,2%, para a 2ª posição em julho, com 5,23%. Ficou atrás apenas do Mato Grosso, que registra acumulado de 5,57%.

Ainda, conforme os dados do Caged, o perfil do trabalhador piauiense que conseguiu sua vaga, com carteira de trabalho esse ano, é o seguinte: é do sexo masculino, tem entre 18 e 24 anos de idade, tem apenas o ensino médio completo e conseguiu a vaga no setor de serviço, atuando no comércio como vendedor de lojas ou mercados.

No geral, o Brasil abriu 142.702 vagas de trabalho formal em julho. O resultado considera 1.883.198 admissões e de 1.740.496 desligamentos no mês. Com esse resultado, o país já acumula esse ano mais de 1 milhão de novas vagas formais. Em julho de 2023, o estoque, que é a quantidade total de vínculos celetistas ativos, contabilizou 43.610.550 vínculos.

O crescimento do emprego formal no mês foi verificado em 26 das 27 unidades federativas. Os destaques com maior saldo, em números absolutos, foram: São Paulo, com 43.331 novos postos; Rio de Janeiro, com 12.710 vagas; Minas Gerais, que acumulou 12.353 postos no mês. Já o Rio Grande do Sul foi o único com saldo negativo, ou seja, 2.129 postos de trabalho fechados.

Média salarial

O salário médio de admissão em julho de 2023 foi de R$ 2.032,56. Comparado ao mês anterior, houve aumento real de R$ 19,33 no salário médio de admissão, uma variação em torno de 0,96%. Já em comparação com o mesmo mês do ano anterior, o que desconta mudanças decorrentes da sazonalidade do mês, o ganho real foi de R$ 38,06.

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