Coluna Letras da Política

Eleição para o Senado no Piauí em 2010 teve cinco candidatos competitivos

Exemplo de 2010 mostra que fragmentação na disputa para senador pode levar a uma corrida eleitoral ainda mais indefinida.

03 de dezembro de 2024 às 11:00
3 min de leitura

Muito tem se falado nas últimas semanas sobre a disputa pelas duas vagas de senador nas eleições de 2026, quando Ciro Nogueira (Progressistas) e Marcelo Castro (MDB) encerram seus mandatos e, naturalmente, vão buscar a reeleição. Além deles, os deputados federais Flávio Nogueira (PT), Júlio César (PSD) e Francisco Costa (PT) têm se apresentado como pré-candidatos a uma das vagas no Senado Federal.

Plenário do Senado (Foto: Jonas Pereira/Ag. Senado)

A grande concorrência é pelas duas candidaturas na chapa majoritária governista. Contudo, há espaço de menos para nomes demais na chapa do Palácio de Karnak, o que se exigirá muito diálogo e entendimento.

Na oposição, que ainda vive incertezas para 2026, há espaços. Atualmente, Ciro Nogueira é o único nome para o Senado no grupo oposicionista, apesar das especulações sobre uma possível aproximação dele com o Governo.

Nas eleições de 2010, quando Ciro Nogueira se elegeu senador pela primeira vez, a disputa tinha cinco nomes competitivos, sendo dois deles senadores que buscavam a reeleição. Os candidatos eram: Wellington Dias (PT), Ciro Nogueira (PP), Mão Santa (à época no PSC), Heráclito Fortes (DEM) e Antônio José Medeiros (PT).

Wellington, Ciro, Mão Santa, Heráclito e Antônio José disputaram Senado em 2010 (Arte/Lupa1)

Mão Santa e Heráclito tentaram a reeleição na coligação da oposição, que teve Silvio Mendes (PSDB) como candidato a governador. Wellington Dias ‒- franco favorito na disputa ‒- e Antônio José Medeiros eram candidatos na chapa governista, que tinha o então governador Wilson Martins (PSB) como candidato ao Governo. Já Ciro Nogueira se candidatou na chapa do então senador e candidato a governador João Vicente Claudino, à época no PTB.

Ciro Nogueira, embora fosse candidato na chapa de João Vicente, foi potencializado com apoio de segmentos governistas, inclusive em nível nacional, já que havia grande interesse do então presidente Lula em ver Mão Santa e Heráclito Fortes derrotados no Piauí. O resultado revelou uma disputa onde os cinco nomes foram bem votados.

Os vencedores foram Wellington Dias, com 997 mil votos, e Ciro Nogueira, com 695 mil votos. Na terceira colocação ficou Mão Santa, que perdeu a reeleição com 433 mil votos. Heráclito também perdeu, com 424 mil votos. Em quinto lugar ficou o petista Antônio José Medeiros, com 412 mil votos. Outros quatro candidatos sem grande expressão eleitoral ainda somaram 103 mil votos.

O exemplo de 2010 mostra que a fragmentação na disputa para senador pode levar a uma corrida eleitoral ainda mais indefinida. Nesse tipo de cenário, vários candidatos têm chance, mas, igualmente, correm riscos também.

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