Polícia

Prefeitura de Oeiras pagou R$ 4,5 milhões a empresa investigada em operação da PF, aponta CGU

Advogados do vereador Alan Brandão estão com um pedido de devolução da quantia apreendida em seu escritório.

30 de abril de 2024 às 22:06
3 min de leitura

A Controladoria Geral da União (CGU) apontou em uma nota que a Prefeitura de Oeiras pagou cerca de R$ 4,5 milhões ao escritório de contabilidade do vereador Alan Brandão (PDR), em Teresina. O escritório foi alvo da Operação Conectados, deflagrada nesta terça-feira (30), pela Polícia Federal.

“Operação Conectados” da Polícia Federal no Piauí - Foto: Divulgação/ PF

Segundo a nota, a prefeitura teria pagado a quantia a empresa para fornecimento de suprimentos e equipamentos de informática.

De acordo com a auditoria da CGU, os recursos foram desviados da Fundação Nacional de Saúde (FNS), Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb) e do Fundo Municipal de Assistência Social (FMAS).

O proprietário seria um “laranja” com “vínculos entre este e uma empresa de contabilidade sediada em Teresina, que também teve participação nas fraudes aos processos licitatórios”, disse a CGU.

No escritório, a PF apreendeu uma quantia de R$ 1,6 milhão. Horas depois da operação, os advogados do vereador entraram com pedido de restituição do dinheiro encontrado no escritório, alegando se tratar de saldo da venda de um imóvel e dois veículos.

Operação Conectados

A Polícia Federal deflagrou, nesta terça-feira (30/4), a “Operação Conectados”, com o apoio da Controladoria-Geral da União (CGU), com o objetivo de combater desvios de recursos públicos federais destinados à saúde, educação e assistência social repassados a municípios do estado do Piauí. Durante as buscas, a PF apreendeu uma quantia de R$ 1,6 milhão no escritório de contabilidade do vereador Alan Brandão (PRD), de Teresina.

“Operação Conectados” da Polícia Federal no Piauí - Foto: Divulgação/ PF

A operação mobilizou 40 policiais federais, com o apoio de quatro auditores da CGU, para o cumprimento de 11 mandados de busca e apreensão e de sequestro de bens e valores, sendo nove na cidade de Teresina e dois no município de Oeiras. Todas as medidas judiciais foram expedidas pela Vara Federal Cível e Criminal da Subseção Judiciária de Floriano.

A investigação se iniciou a partir de relatório da CGU apontando indícios de fraude e direcionamento das contratações em benefício de uma empresa, que foi recentemente constituída com sede na capital e já foi vencedora de diversas disputas públicas em municípios piauienses.

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