Patógenos antigos presos no permafrost irão acordar; humanidade está em risco?
Os patógenos congelados agem como "viajantes do tempo", pois não foram expostos às espécies modernas.
Patógenos antigos que estavam congelados no permafrost há 46 mil anos estão emergindo devido às mudanças climáticas. Estudos da Universidade de Helsinque revelam que cerca de 1% desses vírus podem ameaçar os ecossistemas modernos.
Pela primeira vez, cientistas criaram simulações para avaliar o impacto ecológico desses patógenos congelados. Há preocupações sobre como esses microrganismos podem afetar nosso futuro, à medida que o aquecimento global continua.
O permafrost é uma mistura de solo e gelo encontrado em áreas como o Ártico. Micróbios, como bactérias e vírus, podem ficar presos no permafrost por milhares de anos. À medida que o planeta esquenta, esses micróbios podem ser liberados, incluindo aqueles que causam doenças.
Um surto de antraz na Sibéria em 2016 foi atribuído ao derretimento do permafrost. Os patógenos congelados agem como "viajantes do tempo", pois não foram expostos às espécies modernas por muito tempo. Isso pode representar um risco, já que os ecossistemas não estão preparados para eles.
Simulações mostraram que apenas 1% dos patógenos virais do permafrost poderiam causar grandes impactos em ecossistemas, levando à extinção de espécies. Os cientistas alertam que, embora a probabilidade seja baixa, o impacto seria catastrófico. Pesquisas adicionais são necessárias para entender melhor os riscos para animais e humanos.
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