Política

Trump suspende ajuda militar à Ucrânia

Presidente dos EUA exige postura mais flexível e reforça acordo sobre minerais

04 de março de 2025 às 13:05
2 min de leitura

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou a suspensão da ajuda militar à Ucrânia após um desentendimento com o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky. A decisão ocorre depois de uma discussão que ocorreu no Salão Oval da Casa Branca, onde Trump criticou Zelensky por falta de gratidão pelo apoio americano. Segundo um funcionário da Casa Branca, a medida faz parte de uma revisão da política externa dos EUA, com foco na busca por um acordo de paz.

Trump afirmou que não aceitará a postura atual da Ucrânia por muito tempo, referindo-se à declaração de Zelensky de que um cessar-fogo ainda está distante. O presidente americano insistiu que Kiev precisa demonstrar maior comprometimento com a negociação, mesmo que isso envolva conceder territórios à Rússia. Ele também criticou a reunião de Zelensky com líderes europeus, alegando que a Europa não pode lidar com a situação sem o apoio militar por parte dos Estados Unidos, o que nesse ponto, Trump está coberto de razão.

Militares ucranianos procuram um alvo com um lançador de mísseis de defesa aérea Stinger dos Estados Unidos em Zaporizhzhia, Ucrânia - Foto: Andriy Andriyenko/AP

Além da pressão por um acordo de paz, Trump sugeriu que os EUA poderiam fechar um acordo para explorar os minerais da Ucrânia. Segundo ele, essa medida ajudaria a recuperar parte dos bilhões de dólares fornecidos ao país desde o início da guerra, em 2022. Questionado sobre o futuro dessa negociação, Trump declarou que ainda vê o acordo como uma possibilidade e prometeu atualizar a situação em um discurso no Congresso que será realizado nesta terça (4).

A suspensão da ajuda militar dos EUA à Ucrânia aumenta a tensão entre os dois países e gera incertezas sobre o futuro da guerra no velho continente. Até o momento desta matéria, o governo ucraniano não tinha se pronunciado oficialmente sobre a decisão, mas há expectativa de que Zelensky comente o caso ainda nesta terça-feira (4). Enquanto isso, a pressão americana por uma solução rápida para a guerra segue como um ponto central nas relações entre Washington, Kiev e Moscou.


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