Sílvio Mendes cancela reunião com vereadores para negociar dívidas em Brasília
De acordo com Sílvio, o município paga R$ 32 milhões mensais somente de juros à Caixa Econômica Federal (CEF) e ao Banco do Brasil.
O prefeito de Teresina, Sílvio Mendes (UB), cancelou a reunião que teria com os vereadores na Câmara Municipal nesta quarta-feira (21), às 10h, para tratar sobre a situação financeira da capital para cumprir uma agenda oficial em Brasília. Sílvio irá se reunir com o presidente da Caixa Econômica Federal (CEF), Carlos Antônio Vieira, e com a presidente do Banco do Brasil (BB) , Taciana Medeiros, em busca de um acordo referente aos débitos bancários do município.
O prefeito deve tentar junto aos bancos, renegociar uma dívida de quase R$ 1,5 bilhão da Prefeitura de Teresina relacionada à empréstimos. De acordo com Sílvio, o município paga R$ 32 milhões mensais somente de juros à CEF e ao BB.
“O Município paga, só de juros, mais de R$ 1 milhão por dia. Isso inviabiliza qualquer gestão financeira e nós vamos tentar renegociar”, disse Silvio Mendes.
TCE
Na manhã desta segunda-feira (19), o prefeito Sílvio Mendes (UB), se reuniu com o presidente do Tribunal de Contas do Estado do Piauí (TCE-PI), Kennedy Barros, para expor detalhes sobre a dívida de mais de R$ 3 bilhõespresente nas contas públicas da capital, além de ouvir sugestões de medidas a serem adotadas.
Sílvio afirmou durante entrevista que procura recomendações dos órgãos de controle para saber como deve proceder na situação, além de destacar que o resultado do déficit financeiro não provém apenas da gestão do Dr. Pessoa.
"Vamos ser justos, essa dívida inteira não se refere apenas na gestação Pessoa, têm coisas mais antigas", disse o gestor municipal.
Confira os principais débitos listados pela Prefeitura:
R$ 480 milhões em restos a pagar (contratos feitos e não pagos);
R$ 280 milhões em descontos consignados não repassados;
R$ 212 milhões em contratos terceirizados em disputa judicial;
R$ 110 milhões em dívidas da Fundação Municipal de Saúde;
R$ 570 milhões em dois empréstimos com o Banco do Brasil;
R$ 100 milhões em empréstimo com o BRB;
R$ 275 milhões de débitos com a Caixa Econômica Federal;
R$ 123 milhões em dívida com o banco CAF;
R$ 202 milhões com o Banco Interamericano de Desenvolvimento;
R$ 502 milhões de repasses não feitos ao IPMT (previdência dos servidores);
R$ 8 milhões de FGTS;
R$ 4 milhões de INSS.