Política

Sílvio Mendes cancela reunião com vereadores para negociar dívidas em Brasília

De acordo com Sílvio, o município paga R$ 32 milhões mensais somente de juros à Caixa Econômica Federal (CEF) e ao Banco do Brasil.​

20 de maio de 2025 às 12:04
3 min de leitura

O prefeito de Teresina, Sílvio Mendes (UB), cancelou a reunião que teria com os vereadores na Câmara Municipal nesta quarta-feira (21), às 10h, para tratar sobre a situação financeira da capital para cumprir uma agenda oficial em Brasília. Sílvio irá se reunir com o presidente da Caixa Econômica Federal (CEF), Carlos Antônio Vieira, e com a presidente do Banco do Brasil (BB) , Taciana Medeiros, em busca de um acordo referente aos débitos bancários do município.

Sílvio Mendes cancela reunião com vereadores para negociar dívidas em Brasília. Foto Colagem Lupa1/Reprodução - TV Lupa1/Agência Brasil

O prefeito deve tentar junto aos bancos, renegociar uma dívida de quase R$ 1,5 bilhão da Prefeitura de Teresina relacionada à empréstimos. De acordo com Sílvio, o município paga R$ 32 milhões mensais somente de juros à CEF e ao BB.

“O Município paga, só de juros, mais de R$ 1 milhão por dia. Isso inviabiliza qualquer gestão financeira e nós vamos tentar renegociar”, disse Silvio Mendes.

TCE

Na manhã desta segunda-feira (19), o prefeito Sílvio Mendes (UB), se reuniu com o presidente do Tribunal de Contas do Estado do Piauí (TCE-PI), Kennedy Barros, para expor detalhes sobre a dívida de mais de R$ 3 bilhõespresente nas contas públicas da capital, além de ouvir sugestões de medidas a serem adotadas.

Sílvio afirmou durante entrevista que procura recomendações dos órgãos de controle para saber como deve proceder na situação, além de destacar que o resultado do déficit financeiro não provém apenas da gestão do Dr. Pessoa.

"Vamos ser justos, essa dívida inteira não se refere apenas na gestação Pessoa, têm coisas mais antigas", disse o gestor municipal.

Confira os principais débitos listados pela Prefeitura:

  • R$ 480 milhões em restos a pagar (contratos feitos e não pagos);

  • R$ 280 milhões em descontos consignados não repassados;

  • R$ 212 milhões em contratos terceirizados em disputa judicial;

  • R$ 110 milhões em dívidas da Fundação Municipal de Saúde;

  • R$ 570 milhões em dois empréstimos com o Banco do Brasil;

  • R$ 100 milhões em empréstimo com o BRB;

  • R$ 275 milhões de débitos com a Caixa Econômica Federal;

  • R$ 123 milhões em dívida com o banco CAF;

  • R$ 202 milhões com o Banco Interamericano de Desenvolvimento;

  • R$ 502 milhões de repasses não feitos ao IPMT (previdência dos servidores);

  • R$ 8 milhões de FGTS;

  • R$ 4 milhões de INSS.

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