Ministro Nunes Marques julgará pedido de soltura de Tatiana Medeiros
Equipe de defesa da vereadora alega que Tatiana sofre de transtornos mentais graves que necessitam de “cuidados especializados e contínuos”.
O ministro Kassio Nunes Marques, do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), julgará o pedido de habeas corpus da vereadora de Teresina, Tatiana Medeiros (PSB), detida no Quartel da Polícia Militar do Piauí desde 3 de abril. Os advogados da vereadora, Telsírio Alencar e Marcos Brito, aguardam decisão ainda nesta quarta-feira, (07).
"A paciente apresenta: residência fixa, certidões criminais negativas, profissão de advogada regularmente inscrita na OAB/PI, condição psíquica abalada (CID F32.2), e ausência de antecedentes criminais. Assim, a substituição da prisão por medidas cautelares do art. 319 do CPP, ou subsidiariamente, a prisão domiciliar (art. 318), é plenamente cabível", relata trecho.
Em um dos pedidos elaborados pela equipe de defesa da vereadora para justificar o pedido de prisão domiciliar, foi destacado que Tatiana sofre de transtornos mentais graves que necessitam de “cuidados especializados e contínuos”.
“A análise da situação da paciente exige uma abordagem que considere a complexidade de sua condição clínica. Os transtornos mentais graves, como os que acometem a requerente, são reconhecidamente doenças que demandam cuidados especializados e contínuos... A necessidade de cuidados especializados para a paciente é um fator crucial a ser considerado na análise do pedido de prisão domiciliar”, diz trecho.
Prisão de Tatiana
Tatiana Medeiros foi presa no dia 3 de fevereiro, durante a segunda fase da Operação Escudo Eleitoral, da Polícia Federal. Ela foi indiciada em 11 de abril pelos crimes de corrupção eleitoral, falsidade ideológica eleitoral, lavagem de dinheiro, peculato-desvio, apropriação indébita e organização criminosa.
As investigações contra a vereadora iniciaram em 2024, após as eleições, quando começaram a suspeitar que a vereadora comprou votos com dinheiro oriundo de uma facção criminosa.
Além disso, a organização não governamental da vereadora Tatiana Medeiros, Instituto Vamos Juntos, teve as atividades suspensas no dia 3 de março por determinação do juiz Luís Henrique Rego.